Eleições na França: extrema direita cresce e preocupa

Paris – As eleições legislativas na França se aproximam da reta final com a extrema direita ganhando força.

O presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento, buscando evitar que os nacionalistas, liderados por Marine Le Pen, ganhem mais visibilidade.

O que você precisa saber:

• Datas das Eleições: 30 de junho e 7 de julho.
• Partidos Principais: REM de Macron e RN de Le Pen.
• Pesquisas: RN pode alcançar até 37% dos votos.
• Sistema Eleitoral: Majoritário em dois turnos.
• Cenário Atual: Macron tem 169 deputados, Le Pen tem 88.
• Meta de Maioria: 289 deputados necessários para a maioria absoluta.

Dissolução do Parlamento

O presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento no mês passado. Esta medida foi tomada após o seu partido, o REM, ser derrotado nas eleições do Parlamento Europeu pelo RN de Marine Le Pen.

Força da Extrema Direita

Pesquisas recentes, como a do OpinionWay publicada pelo Les Echos, mostram um aumento no apoio ao RN, que pode alcançar até 37% dos votos populares. Enquanto isso, o bloco centrista de Macron, Juntos, caiu para 20%.

LEIA TAMBÉM

• Lula e Macron conversam sobre acordo entre Mercosul e União Europeia
• Macron defende suas polêmicas declarações sobre não vacinados
• Lula e Macron se reúnem neste mês em cúpula sobre pacto financeiro
• Protesto em Paris contra a ascensão da extrema-direita
• Emmanuel Macron é reeleito presidente da França

Sistema Eleitoral Francês

Elementos de Incerteza

O sistema eleitoral francês, que elege 577 deputados em círculos eleitorais não nominais, adiciona incerteza ao resultado final. Partidos socialistas, comunistas e ambientalistas, aliados do França Insubmissa (LFI), podem retirar candidatos se ficarem em terceiro lugar no primeiro turno.

Composição Atual da Assembleia Nacional

Situação Atual:

• REM de Macron: 169 deputados.
• RN de Le Pen: 88 deputados.

Meta de Maioria:

• 289 deputados são necessários para a maioria absoluta.

Cenário de Coabitação

Caso Macron não consiga a maioria absoluta, ele pode ser forçado a nomear um adversário como primeiro-ministro, resultando em “coabitação”. Nesse cenário, o presidente manteria controle sobre defesa e política externa, mas perderia o controle da política doméstica.

Última Coabitação na França

A última coabitação na França ocorreu em 1997, sob o presidente Jacques Chirac.