Santiago, 13 out (EFE).- Milhares de pessoas se manifestaram nesta quarta-feira em Santiago e outras cidades do Chile, em meio a uma greve de professores do ensino fundamental e médio, que exigem melhorias na educação pública e nos direitos dos trabalhadores do setor.
![EFE/ Rodrigo Sáez](https://diariocarioca.com/wp-content/uploads/2021/10/rss-efe28454204ddc23ac28affbe464624794df64e0f0aw.jpg)
Em Santiago, pelo menos mil pessoas viajaram da Praça Itália ao Palácio de La Moneda, sede do governo, para fazer suas reivindicações ao presidente do país, Sebastián Piñera.
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A Confederação de Estudantes do Chile (Confech) também aderiu à greve, caracterizando-a “como uma verdadeira mobilização contra Sebastián Piñera”, de acordo com o sindicato dos professores.
O motivo da greve dos professores foi o veto presidencial de parte do chamado projeto de lei da propriedade dos professores, que visa modificar alguns aspectos do trabalho de quem leciona.
Assim, por exemplo, o veto anula a eliminação dos motivos de demissão por conta de repetidas avaliações ruins, entre outras coisas, tais como a prorrogação das férias dos professores com mais uma semana no inverno.
“São conquistas para os professores chilenos e para a educação que não significam nenhum peso para o tesouro nacional e que nos parecem muito graves”, disse o presidente do sindicato dos professores, Carlos Díaz, à imprensa local.
“Estamos falando apenas em melhorar as condições de trabalho que também estão diretamente relacionadas ao trabalho que fazemos com nossos alunos”, continuou.
Por sua vez, o ministro da Educação, Raúl Figueroa, disse que os pontos vetados não reduzem os benefícios aos professores e apoiou a ação do presidente, argumentando que “o veto visa salvaguardar a qualidade do ensino e evitar a discriminação arbitrária entre os trabalhadores”.
“Se um professor hoje em três avaliações consecutivas é mal avaliado, isso é motivo para a deixar a profissão e pensamos que é importante que isso se mantenha”, disse o ministro à uma emissora de rádio local.
No Congresso, membros da bancada da oposição que compõem a Comissão de Educação rejeitaram o veto, e esperam contar com a maioria de dois terços necessária na Câmara para restaurar o texto original do projeto de lei. EFE