Email de Epstein menciona suposta relação sexual entre Trump e Clinton

Documentos liberados pela Câmara dos Deputados dos EUA relacionam presidentes Donald Trump e Bill Clinton em mensagens de Jeffrey Epstein, utilizando expressões que levantam especulações sobre contato sexual entre os dois, mas sem evidências diretas que confirmem tais acusações.

Mais de 20 mil páginas de e-mails e documentos ligados ao bilionário e condenado por abuso sexual Jeffrey Epstein foram divulgadas recentemente, trazendo à tona novas menções ao então presidente dos EUA, Donald Trump, e ao ex-presidente Bill Clinton.

Um e-mail em particular chamou atenção ao utilizar a expressão “dando uma mamada em Bubba”, termo vinculado por especulação popular a Clinton, na mensagem enviada em março de 2018 pelo irmão de Epstein, Mark Epstein.

No conteúdo do e-mail, Mark instrui Epstein a questionar Steve Bannon sobre se o presidente russo Vladimir Putin teria “as fotos de Trump fazendo sexo oral em Bubba”, numa referência que viralizou nas redes sociais. O próprio Mark Epstein negou que “Bubba” fosse Clinton e não esclareceu quem seria o indivíduo citado.

Além desse episódio, outros documentos mostram diferentes contextos em que Trump foi referido, como quando Epstein o chama de “aquele cachorro que não latiu” ou afirma que Trump “sabia das meninas” ao pedir à associada Ghislaine Maxwell que interrompesse abusos. A divulgação ainda revelou correio eletrônico envolvendo nomes de aliados como Steve Bannon e Larry Summers.

Esses documentos fazem parte do material obtido após anos de investigações e são provenientes do acervo de Jeffrey Epstein, que morreu em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Importante destacar que nenhuma das mensagens comprovam acusações criminais contra Trump ou Clinton. A maior parte das revelações contém alegações pessoais, rumores e diálogos sem comprovação, o que reforça o caráter controverso e sensacionalista do conteúdo.

Assim, embora o material gere forte impacto midiático e público, a ausência de provas concretas significa que as mensagens devem ser interpretadas com cautela e responsabilidade jornalística, reconhecendo seus limites e a necessidade de avaliar o contexto político da divulgação.