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EUA criticam falta de transparência nas Eleições na Venezuela

Administração Biden exige divulgação de boletins de urna

Joe Biden - Foto: RS via Fotos Públicas
Joe Biden - Foto: RS via Fotos Públicas

Washington – O governo dos Estados Unidos voltou a criticar, nesta quarta-feira (31), a Venezuela pela falta de transparência no processo eleitoral. A administração Biden cobrou a divulgação dos boletins de urna pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou a vitória do presidente Nicolás Maduro na eleição presidencial de 2024.

Resumo da Notícia

  • EUA criticam falta de transparência nas eleições venezuelanas.
  • Porta-voz John Kirby expressa frustração pela falta de clareza nos dados eleitorais.
  • Centro Carter aponta irregularidades no processo eleitoral.
  • Nicolás Maduro foi declarado vencedor com 51,2% dos votos.
  • Oposição alega fraude e pede divulgação das atas de votação.

O que aconteceu

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John Kirby, porta-voz do governo dos EUA para assuntos de segurança, expressou frustração pela falta de clareza e detalhamento dos dados eleitorais. “A nossa paciência e a da comunidade internacional estão se esgotando enquanto aguardamos que as autoridades eleitorais venezuelanas se esclareçam e divulguem os dados detalhados sobre esta eleição”, afirmou Kirby.

Críticas do Centro Carter

O Centro Carter, em parceria com observadores independentes, divulgou um relatório contundente sobre as eleições de domingo (29). Segundo o relatório, a eleição presidencial não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral e não pode ser considerada democrática.

O Centro Carter, conhecido por acompanhar 124 eleições em 43 países, apontou diversas irregularidades, como o registro de eleitores prejudicados e a falta de transparência no processo eleitoral. Entre as principais críticas estão:

  • Registro de eleitores prejudicados: prazos curtos e requisitos excessivos e arbitrários para cidadãos no exterior resultaram em baixa participação.
  • Condições desiguais de competição: Nicolás Maduro teve vantagens em relação ao opositor Edmundo González.
  • Restrições à campanha da oposição: tentativas de limitar a atuação da oposição foram observadas.
  • Falta de transparência na divulgação dos resultados: o CNE não publicou as atas de votação.

Resultados Controversos

No domingo (28), o CNE anunciou Nicolás Maduro como vencedor com 51,2% dos votos, enquanto Edmundo González recebeu 44%. No entanto, as atas de votação não foram divulgadas, e a oposição alegou fraude. María Corina Machado, líder da oposição, afirmou ter acesso a 73% das atas, que indicariam vitória de González.


LEIA TAMBÉM

Uma contagem rápida independente realizada pelo ‘Blog da Sandra Cohen’ confirmou a vitória de González com 66,2% dos votos, em contraste com os 31,2% atribuídos a Maduro.

Reações na América Latina

A situação gerou uma reação de vários países da América Latina, que pediram uma reunião de emergência da OEA para discutir a situação. Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai pediram uma revisão completa dos resultados.

Perguntas Frequentes sobre a Crise Eleitoral na Venezuela

Por que os EUA criticam a eleição na Venezuela?

Os EUA criticam a eleição na Venezuela devido à falta de transparência e divulgação dos boletins de urna pelo CNE, além de outras irregularidades apontadas pelo Centro Carter.

Quem são os principais candidatos na eleição presidencial venezuelana?

Os principais candidatos são Nicolás Maduro, declarado vencedor com 51,2% dos votos, e Edmundo González, que recebeu 44% dos votos.

O que o Centro Carter disse sobre a eleição?

O Centro Carter afirmou que a eleição não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral, destacando irregularidades como registro de eleitores prejudicados e falta de transparência no processo eleitoral.

Quais países da América Latina reagiram à situação na Venezuela?

Países como Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai pediram uma reunião de emergência da OEA para discutir a situação.