Paz

EUA dizem que Netanyahu aceitou plano de paz para Gaza

Proposta inclui anistia a integrantes do Hamas que entregarem armas, troca de reféns e criação de uma Força Internacional de Estabilização

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Foto: @WhiteHouse

Os Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira (29) um plano abrangente de paz para Gaza, com o objetivo de encerrar a guerra no enclave palestino.

A proposta prevê a criação de um Conselho da Paz presidido por Donald Trump, anistia a membros do Hamas que entregarem suas armas e a abertura de caminho para a criação de um Estado palestino.

Segundo a Casa Branca, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já aceitou os termos. O Hamas ainda não se manifestou oficialmente.

Pontos principais do plano dos EUA

▶️ Fim imediato da guerra e troca de prisioneiros e reféns

  • O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação.
  • O Hamas teria até 72 horas para devolver todos os reféns israelenses.
  • Israel libertaria cerca de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.

▶️ Ajuda humanitária e reconstrução

  • Entrada imediata de alimentos, água, medicamentos e materiais de infraestrutura.
  • Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e entidades internacionais.
  • Gaza passaria por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e especialistas globais.

▶️ Nova governança em Gaza

  • Administração de transição seria supervisionada pelo Conselho da Paz, chefiado por Trump.
  • O ex-premiê britânico Tony Blair deve integrar a estrutura.
  • O Hamas e outras facções ficariam proibidos de participar do governo.

▶️ Desmilitarização e anistia

  • Destruição de túneis e fábricas de armas, sob monitoramento internacional.
  • Integrantes do Hamas poderiam entregar suas armas e receber anistia.
  • Quem optasse por sair de Gaza teria passagem segura para outros países.

▶️ Segurança internacional e futuro político

  • Criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF), com apoio de países árabes, para treinar a polícia palestina.
  • Israel se retiraria gradualmente de Gaza, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
  • O plano estabelece um caminho para a autodeterminação palestina e a coexistência pacífica com Israel.

Declaração de Trump

Em coletiva de imprensa ao lado de Netanyahu, na Casa Branca, Trump disse estar “muito mais do que muito perto” de alcançar a paz no Oriente Médio.

“Este é um grande, grande dia. Um dia lindo, potencialmente um dos grandes dias da civilização”, afirmou o presidente dos EUA.

Trump também agradeceu a Netanyahu por apoiar a proposta e destacou que o Hamas é “o único que resta para aceitar”, indicando expectativa de resposta positiva do grupo.

Próximos passos

De acordo com a Casa Branca, caso o Hamas rejeite o plano, ele será implementado nas áreas de Gaza consideradas livres do grupo. A proposta prevê ainda que, após reformas institucionais, a Autoridade Palestina assuma o controle do enclave, consolidando a criação de um Estado palestino reconhecido.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.