Os Estados Unidos apresentaram nesta segunda-feira (29) um plano abrangente de paz para Gaza, com o objetivo de encerrar a guerra no enclave palestino.
A proposta prevê a criação de um Conselho da Paz presidido por Donald Trump, anistia a membros do Hamas que entregarem suas armas e a abertura de caminho para a criação de um Estado palestino.
President Trump Participates in a Press Conference with the Prime Minister of the State of Israel https://t.co/Gazc335nGb
— The White House (@WhiteHouse) September 29, 2025 Segundo a Casa Branca, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já aceitou os termos. O Hamas ainda não se manifestou oficialmente.
Pontos principais do plano dos EUA
▶️ Fim imediato da guerra e troca de prisioneiros e reféns
- O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação.
- O Hamas teria até 72 horas para devolver todos os reféns israelenses.
- Israel libertaria cerca de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.
▶️ Ajuda humanitária e reconstrução
- Entrada imediata de alimentos, água, medicamentos e materiais de infraestrutura.
- Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e entidades internacionais.
- Gaza passaria por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e especialistas globais.
▶️ Nova governança em Gaza
- Administração de transição seria supervisionada pelo Conselho da Paz, chefiado por Trump.
- O ex-premiê britânico Tony Blair deve integrar a estrutura.
- O Hamas e outras facções ficariam proibidos de participar do governo.
▶️ Desmilitarização e anistia
- Destruição de túneis e fábricas de armas, sob monitoramento internacional.
- Integrantes do Hamas poderiam entregar suas armas e receber anistia.
- Quem optasse por sair de Gaza teria passagem segura para outros países.
▶️ Segurança internacional e futuro político
- Criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF), com apoio de países árabes, para treinar a polícia palestina.
- Israel se retiraria gradualmente de Gaza, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário.
- O plano estabelece um caminho para a autodeterminação palestina e a coexistência pacífica com Israel.
Declaração de Trump
Em coletiva de imprensa ao lado de Netanyahu, na Casa Branca, Trump disse estar “muito mais do que muito perto” de alcançar a paz no Oriente Médio.
“Este é um grande, grande dia. Um dia lindo, potencialmente um dos grandes dias da civilização”, afirmou o presidente dos EUA.
Trump também agradeceu a Netanyahu por apoiar a proposta e destacou que o Hamas é “o único que resta para aceitar”, indicando expectativa de resposta positiva do grupo.
Próximos passos
De acordo com a Casa Branca, caso o Hamas rejeite o plano, ele será implementado nas áreas de Gaza consideradas livres do grupo. A proposta prevê ainda que, após reformas institucionais, a Autoridade Palestina assuma o controle do enclave, consolidando a criação de um Estado palestino reconhecido.


