PALETISNA LIVRE

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

JR Vital
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
França reconhece o Estado Palestino: 'pela paz' entre israelenses e palestinos, diz Macron na Onu - Foto: Loey Felipe/ONU

A França reconheceu oficialmente o Estado da Palestina nesta segunda-feira (22), durante uma conferência internacional na sede da ONU, em Nova York.

O anúncio foi feito pelo presidente Emmanuel Macron, que defendeu a urgência da solução de dois Estados como caminho para a paz no Oriente Médio.

A decisão ocorre quase dois anos após o início da ofensiva israelense contra Gaza, que já deixou mais de 65 mil palestinos mortos, segundo autoridades de saúde locais.

Reconhecimento ganha força internacional

O movimento de reconhecimento da Palestina tem avançado nos últimos dias. Apenas neste fim de semana, Austrália, Reino Unido, Canadá e Portugal também declararam apoio oficial ao Estado palestino. Outros países europeus, como Bélgica, Luxemburgo, Andorra e San Marino, devem seguir o mesmo caminho antes da abertura da Assembleia Geral da ONU.

Atualmente, mais de 140 países já reconhecem a Palestina, mas o status pleno na ONU ainda depende do Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos mantêm poder de veto e se opõem à medida.

Missão internacional em Gaza

Macron também anunciou que a França está pronta para participar de uma missão internacional de estabilização em Gaza, em cooperação com a União Europeia. Segundo ele, o país poderá apoiar o treinamento e o fornecimento de equipamentos às forças de segurança palestinas.

Além disso, Paris se comprometeu a abrir uma embaixada oficial na Palestina assim que houver cessar-fogo e libertação de todos os reféns.

Reações e resistências

O governo de Israel rejeitou a decisão francesa. O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, declarou que “essas questões deveriam ser negociadas entre Israel e os palestinos” e prometeu que Tel Aviv avaliará “ações de resposta” após o retorno do premiê Benjamin Netanyahu.

Washington também boicotou a cúpula. Os EUA seguem alinhados a Israel e já vetaram propostas de cessar-fogo apresentadas no Conselho de Segurança.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.