Os benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP) foram suspensos no último sábado para quase 42 milhões de pessoas nos Estados Unidos, gerando profunda incerteza sobre o acesso à alimentação. O governo Trump, inicialmente recusando-se a usar fundos de contingência para manter o programa, anunciou que fará pagamentos parciais após ordem judicial, ficando apenas em 50% dos valores anteriores.
Impacto social e relatos da população
A paralisação dos benefícios do SNAP afetou diretamente famílias de baixa renda, como a de Nas Walton, moradora do Bronx, que relatou dificuldades para comprar alimentos essenciais e dependência da ajuda comunitária para sobreviver enquanto aguarda a retomada dos pagamentos. Em seu distrito, 40% das famílias dependem do SNAP para alimentação saudável, e a falta de pagamentos compromete a dignidade das pessoas mais vulneráveis.
Narrativa governamental, críticas e polarização ideológica
A secretária de Agricultura americana, Brooke Rollins, alegou em entrevista à Fox News que o programa sofre de “fraude massiva”, citando o uso ilegal do cartão eletrônico para beneficiar imigrantes em situação irregular. As declarações foram amplificadas por figuras da direita, como Elon Musk, que criticou a corrupção no SNAP. Essa narrativa impulsionou uma ofensiva online contra beneficiários, reforçando estereótipos raciais e classistas e alimentando uma polarização que dividi ainda mais a sociedade norte-americana.
Desafios institucionais e perspectivas futuras
O governo Trump enfrenta um impasse jurídico e social, lidando com decisões judiciais que exigem a continuação do SNAP e a resistência política conservadora que busca restringir o programa. O atraso na entrega dos benefícios e a ameaça de cortes profundos revelam fragilidades do sistema de assistência social nos EUA, comprometendo a segurança alimentar de milhões e agravando crises sociais em um país fortemente desigual.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		