Cairo – O Hamas aceitou uma proposta do Egito para um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza, envolvendo a libertação de cinco reféns, incluindo o americano-israelense Edan Alexander. Em troca, o grupo espera o restabelecimento das condições da primeira fase da trégua, permitindo a entrada de ajuda humanitária e avanços nas negociações para uma segunda fase do acordo.
O governo de Israel respondeu com uma contraproposta. Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a posição israelense foi discutida com mediadores internacionais e coordenada diretamente com os Estados Unidos.
Hamas busca retomada da trégua
A proposta egípcia é similar à apresentada anteriormente pelo enviado especial dos EUA, Steve Witkoff. No entanto, não está claro se inclui a entrega de corpos de reféns mortos. O Hamas espera que a aceitação leve ao retorno das condições do cessar-fogo anterior, permitindo o envio de suprimentos e garantindo novas negociações para uma solução mais duradoura.
Israel impõe novas condições
Israel, por sua vez, endureceu sua postura em relação ao conflito. Além de responder à proposta egípcia com uma contraproposta, o governo israelense manteve ataques à Faixa de Gaza e bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária na região. Segundo autoridades israelenses, as operações militares continuarão até que todos os 24 reféns restantes que se acredita estarem vivos sejam libertados.
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A resposta internacional
O Egito tem se posicionado como mediador essencial para resolver o conflito e garantir a entrega de suprimentos essenciais às populações afetadas. Os Estados Unidos também seguem envolvidos, acompanhando de perto as negociações e pressionando por uma solução pacífica.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o agravamento da crise humanitária em Gaza. A restrição da entrada de alimentos e remédios pode levar a um colapso nos serviços de saúde, colocando milhares de vidas em risco.
Entenda o impasse no cessar-fogo em Gaza
- Proposta do Egito: prevê a libertação de cinco reféns pelo Hamas em troca da retomada do cessar-fogo.
- Resposta de Israel: governo apresentou uma contraproposta e manteve ataques na região.
- Posicionamento dos EUA: Washington acompanha as negociações e defende solução pacífica.
- Crise humanitária: a OMS alerta para a falta de suprimentos médicos e alimentares na Faixa de Gaza.