terça-feira, setembro 23, 2025
22 C
Rio de Janeiro
InícioMundoIsrael admite matar jornalistas da Al Jazeera em Gaza
Criminosos Assumidos

Israel admite matar jornalistas da Al Jazeera em Gaza

Bombardeio atingiu tenda de imprensa no Hospital Al-Shifa, matando cinco repórteres horas após promessa de acesso restrito

Gaza – 10 de agosto de 2025 – Militares israelenses admitiram ter matado deliberadamente o jornalista Anas al-Sharif, da Al Jazeera, em um ataque contra uma tenda de imprensa no Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza.

A ofensiva matou outros quatro profissionais e ocorreu poucas horas depois de Benjamin Netanyahu prometer acesso limitado a jornalistas estrangeiros.


Exército tenta justificar execução de repórter

Em comunicado obtido pela Al Jazeera, as Forças de Defesa de Israel alegaram, sem apresentar provas, que al-Sharif “atuava sob pretexto de jornalista” e colaborava com o Hamas. Organizações como o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) classificam a acusação como parte de uma política sistemática para criminalizar o jornalismo palestino e restringir a cobertura independente da guerra.

Segundo o CPJ, desde 7 de outubro de 2023 pelo menos 186 jornalistas foram mortos por Israel e 90 foram presos. O Gabinete de Imprensa de Gaza aponta números ainda mais alarmantes: 230 jornalistas mortos.

Leia mais sobre política internacional


Ataque seguiu anúncio de Netanyahu

O bombardeio contra a tenda da imprensa ocorreu horas após Netanyahu, em entrevista coletiva em Jerusalém, anunciar que permitiria a entrada “de mais jornalistas estrangeiros” na Faixa de Gaza.

Apesar da declaração, Israel mantém rígidas restrições à cobertura desde o início da guerra. Entidades jornalísticas afirmam que a proibição de acesso, somada ao assassinato em massa de repórteres locais, configura uma política deliberada de censura armada.


Comunicação como alvo de guerra

Relatórios da Federação Internacional de Jornalistas e da Repórteres Sem Fronteiras indicam que Israel utiliza assassinatos seletivos, prisões arbitrárias e bloqueio informativo para impedir a divulgação de crimes de guerra. O caso de Anas al-Sharif soma-se à longa lista de jornalistas da Al Jazeera mortos em Gaza desde 2023.

A estratégia, segundo especialistas, busca eliminar vozes que documentam violações de direitos humanos e crimes contra civis palestinos, blindando o governo israelense de pressão internacional.

Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias