O governo de Israel avalia anexar partes da Cisjordânia em reação a países que estudam reconhecer formalmente o Estado da Palestina, incluindo França, Reino Unido, Austrália e Canadá, segundo fontes consultadas pela Reuters.
A proposta foi debatida em reunião do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, embora ainda não tenha sido confirmada oficialmente.
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A possível anexação envolveria a retomada de assentamentos já planejados há mais de 20 anos, interrompidos em 2012 devido a pressões de governos dos EUA e aliados europeus. Caso aprovada, a construção dos primeiros apartamentos poderia começar já em 2026.
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Especialistas alertam que a medida deve gerar condenação internacional e resistência de países árabes e palestinos, que reivindicam a região como parte de seu futuro Estado.
Repercussão internacional
Analistas apontam que qualquer passo de Netanyahu ampliaria o isolamento diplomático de Israel.
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“Qualquer decisão em direção à anexação na Cisjordânia provavelmente atrairá condenação generalizada dos palestinos, bem como de países árabes e ocidentais”, disse uma das fontes à agência.
Experiência anterior e contexto histórico
O debate sobre anexação não é novo dentro do governo israelense. Membros da coalizão de Netanyahu defendem há anos a expansão territorial, usando como referência a anexação de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã, reconhecidas por Israel, mas não pela comunidade internacional.
Planos para Gaza
Paralelamente, Israel, com apoio dos EUA, discute administrar a Faixa de Gaza após o conflito, promovendo o deslocamento de cerca de 2 milhões de palestinos. De acordo com rascunho obtido pelo The Washington Post, o plano prevê transferências “voluntárias” para outros países ou áreas restritas, com compensações financeiras de até 5 mil dólares por pessoa, enquanto resorts e empreendimentos turísticos seriam construídos para estimular a economia local e reduzir a densidade populacional.