Líbano acusa Israel de crime de guerra após morte de jornalistas

Ataque aéreo israelense mata três jornalistas no sul do Líbano, denunciado como crime de guerra

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Jornalistas protestam contra ataques israelenses à categoria em frente ao Hospital Nasser, após o assassinato de Hassan Hamad, em Khan Younis, na Faixa de Gaza, em 6 de outubro de 2024 [Doaa Albaz/Agência Anadolu]

Beirute – Três jornalistas libaneses morreram em um ataque aéreo israelense na região de Hasbaya, sul do Líbano, nesta sexta-feira (25/10). O ministro da Informação libanês, Ziad Makari, declarou que o ocorrido é um “crime de guerra”, afirmando que os jornalistas foram surpreendidos enquanto dormiam. O ataque ocorreu às 3h30 (21h30 no horário de Brasília), em uma área que até então estava livre de bombardeios.

A rede pró-Irã Al Mayadeen confirmou a morte do cinegrafista Ghassan Najjar e do engenheiro de transmissão Mohammad Reda. Ambos estavam em uma residência designada para a imprensa. A emissora Al-Manar, ligada ao Hezbollah, relatou que o jornalista Wissam Qassem também foi vítima do ataque.

Detalhes do Ataque em Hasbaya

O ataque atingiu um hotel onde os jornalistas estavam abrigados desde que se deslocaram de outra localidade mais ao sul, afetada por ataques recentes. Testemunhas locais informaram que o bombardeio ocorreu enquanto os profissionais dormiam. Segundo a Agência Nacional de Informação (ANI), o ataque foi direcionado a uma residência de jornalistas, em uma área próxima à fronteira síria.

Israel Acusado de Crime de Guerra

O ministro Ziad Makari acusou Israel de realizar uma emboscada contra os jornalistas, que estavam abrigados em bangalôs reservados à mídia. “O inimigo israelense esperou o momento de descanso dos jornalistas para atacá-los, o que constitui um crime de guerra”, declarou Makari em suas redes sociais. O Líbano afirma que Israel deve responder pela violação das normas de proteção à imprensa em conflitos.

Relatos da Mídia Local e Internacional

A emissora Al-Jadeed divulgou um vídeo mostrando o jornalista Mohammad Farhat coberto de poeira após o bombardeio, em frente ao local onde seu bangalô foi destruído. “Viemos para cá depois de sermos expulsos de Marjayoun”, disse Farhat, relatando que a área estava claramente sinalizada como local reservado para a imprensa.

A jornalista Darine Heloué, da Sky News Arabia, destacou que dezenas de bangalôs foram destruídos, embora a área fosse identificada como zona de imprensa.


Perguntas Frequentes sobre o Ataque a Jornalistas no Líbano

Por que o Líbano considera o ataque um crime de guerra?
O governo libanês acusa Israel de violar as normas de proteção a jornalistas, atacando uma área designada para a imprensa.

Quem foram os jornalistas mortos no ataque?
O cinegrafista Ghassan Najjar, o engenheiro Mohammad Reda, ambos da Al Mayadeen, e o repórter Wissam Qassem, da Al-Manar.

Qual é a justificativa do governo libanês para a acusação?
Segundo o ministro Ziad Makari, os jornalistas foram atacados enquanto dormiam em um local reservado e sinalizado como zona de imprensa.

Como foi a reação das redes de comunicação?
A Al Mayadeen e Al-Manar lamentaram a perda de seus colegas, reforçando que os profissionais de imprensa estavam ali para divulgar a verdade sobre o conflito.


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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.
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