Macron pede fim da exportação de armas para atacar Gaza e Líbano

André Luiz
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O presidente da França, Emmanuel Macron, fez um novo apelo nesta sexta-feira (11) pelo fim da exportação de armas utilizadas nos conflitos da Faixa de Gaza e do Líbano. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Chipre, ao final de um encontro do Med9, grupo que reúne países do Mediterrâneo.

Macron justificou o apelo como uma medida essencial para encerrar os conflitos que envolvem Israel, o Hamas e o Hezbollah, ambos apoiados pelo Irã. Presidente destacou que a interrupção do fluxo de armas é fundamental para estabilizar a região e ressaltou que seu pedido não tem o objetivo de desarmar Israel, mas sim evitar a escalada de violência.


“Este não é de forma alguma um pedido para desarmar Israel, mas um pedido para o fim de qualquer desestabilização nessa região do mundo”

Emmanuel Macron, presidente da França

O conflito entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, intensificou-se nas últimas semanas, com trocas de ataques entre as forças israelenses e os militantes no sul do Líbano. Bombardeios israelenses atingiram áreas como o Vale do Bekaa e os subúrbios ao sul de Beirute, enquanto o Hezbollah aumentou o alcance dos foguetes lançados contra Israel.

Macron também destacou a importância de um cessar-fogo imediato tanto na Faixa de Gaza quanto no Líbano, afirmando que essa medida é essencial para proteger civis e evitar que o conflito se expanda para outras regiões. Ele ainda frisou a necessidade de interromper a exportação de armas como um passo crucial para alcançar a paz.


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O presidente francês já havia feito um apelo semelhante no sábado passado, pedindo a interrupção dos fretes de armamentos usados no conflito de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu que restringir o envio de armas a Israel favoreceria os interesses do Irã e seus aliados.

Embora a França não seja uma das principais fornecedoras de armamentos para Israel, o país exportou cerca de 30 milhões de euros em equipamentos militares no último ano, de acordo com relatório do Ministério da Defesa francês.

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