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Ministro supremacista de Israel defende fome como arma contra Gaza

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, defendeu abertamente o uso da fome como arma de guerra contra a população da Faixa de Gaza, em reunião do Gabinete de Segurança.

O embate, marcado por ataques ao chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, evidencia a escalada genocida do governo de Benjamin Netanyahu, já réu por crimes internacionais.


Supremacistas pressionam por ofensiva total

De acordo com a agência Anadolu, o encontro ocorreu no último sábado (23), durante debates sobre a Operação Carruagem de Gideão 2, que prevê ocupação integral da Cidade de Gaza e deslocamento forçado de cerca de um milhão de palestinos.

“Sem água, sem luz, que morram de fome ou se rendam. É isso que queremos”, disse Smotrich ao general Zamir, cobrando ofensiva imediata contra civis que permanecerem na região sitiada.

O militar, por sua vez, argumentou que o cronograma imposto por políticos é “irrealista”, alegando necessidade de tempo e condições logísticas para avançar sobre Gaza, Khan Younis e Rafah.


Clima de confronto interno

A tensão aumentou quando o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, acusou Zamir de temer ações judiciais internacionais: “Você está com medo do procurador-geral!”, atacou.

O chefe militar reagiu com dureza: “Você não entende nada! Não sabe a diferença entre uma brigada e um batalhão. Essas coisas levam tempo”.

Enquanto isso, Netanyahu, foragido internacional, e ministros como Israel Katz preferiram silêncio ou justificaram a pressão por parte dos Estados Unidos para uma “solução rápida”.


Crimes sob julgamento internacional

Israel mantém bombardeios indiscriminados sobre Gaza há quase dois anos. O saldo é devastador: mais de 62 mil mortos, 155 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Entre as vítimas fatais, 18 mil crianças.

Em novembro de 2024, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e contra a humanidade. Paralelamente, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) julga Israel por genocídio, após denúncia apresentada pela África do Sul e aceita em janeiro de 2024.

O Gabinete de Segurança de Israel voltará a se reunir nesta terça-feira (26), mantendo a pauta sobre ofensiva militar e bloqueio total da Faixa de Gaza.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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