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Fascismo Rechaçado

Mundo reage à proposta de Trump sobre Gaza

Líderes internacionais criticam plano de remoção de palestinos

Washington – A proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de tomar a Faixa de Gaza e deslocar a população palestina gerou forte reação internacional.

Autoridades de diversos países condenaram a ideia e classificaram o plano como “insano”, “racista” e “criminoso”.

A declaração ocorreu em uma entrevista coletiva na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na última terça-feira (4). Trump sugeriu que outros países recebessem os palestinos e afirmou que Gaza “não deveria ser reconstruída por quem está lá”.

Trump sugere controle dos EUA sobre Gaza

Durante o anúncio, Trump defendeu que os Estados Unidos assumam o controle de Gaza e que a população palestina seja realocada. Segundo ele, a região tem sido um “símbolo de morte e destruição” por décadas.

O republicano sugeriu que os palestinos fossem enviados a outros países interessados em questões humanitárias. Para especialistas, essa proposta equivale a uma limpeza étnica.

China, Rússia e Turquia condenam proposta

O governo chinês afirmou que se opõe à transferência forçada de palestinos e defendeu a soberania do território. Já a Rússia acusou Israel de tentar assumir “controle total” da região.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, rejeitou o plano e afirmou que “essa questão nem deveria ser discutida”.

Arábia Saudita e Jordânia reagem

A Arábia Saudita reafirmou que não normalizará relações com Israel sem a criação de um Estado palestino. O governo saudita declarou que rejeita qualquer tentativa de deslocar palestinos de suas terras.

A Jordânia também criticou a proposta e informou que o rei Abdullah visitará Washington para debater a questão com autoridades dos EUA.

Europa e Oceania rejeitam ideia de Trump

A Alemanha reafirmou seu apoio à solução de dois Estados e declarou que os palestinos “não devem ser expulsos”. O governo da Austrália manteve sua posição em defesa da soberania palestina, enquanto a Nova Zelândia reforçou que apoia uma solução negociada.

Palestinos reagem com indignação

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, classificou a proposta como “perigosa e inaceitável”. O secretário-geral da OLP, Hussein al-Sheikh, disse que qualquer solução precisa respeitar o direito internacional.

O embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, rejeitou a ideia e declarou: “Gaza é nossa terra e não sairemos de lá”.

Hamas e Anistia Internacional criticam proposta

O grupo Hamas chamou a declaração de “racista” e alertou que isso pode gerar aumento da violência na região.

A Anistia Internacional condenou o plano de Trump e alertou que uma remoção forçada “equivaleria à destruição de um povo”.

Políticos dos EUA também se manifestam

Nos Estados Unidos, o senador Chris Coons chamou as declarações de “insanas e perigosas”. A deputada Rashida Tlaib, de origem palestina, acusou Trump de defender “limpeza étnica”.

O Instituto Árabe-Americano afirmou que a reunião entre Trump e Netanyahu tratou de “genocídio e deslocamento forçado”.

Entenda o caso: proposta de Trump sobre Gaza

  • Trump sugeriu que os EUA assumissem o controle da Faixa de Gaza.
  • O ex-presidente afirmou que os palestinos deveriam ser realocados.
  • Líderes internacionais condenaram a ideia e alertaram para uma possível limpeza étnica.
  • Países como China, Rússia, Alemanha e Arábia Saudita rejeitaram o plano.
  • Hamas e a Anistia Internacional alertaram sobre o impacto da proposta.
  • Políticos democratas e organizações dos EUA criticaram as declarações.
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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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