O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou neste sábado (4) que espera o retorno de todos os reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza “nos próximos dias”. Segundo ele, a combinação de “pressão militar e diplomática” teria forçado o Hamas a aceitar a libertação dos cativos.
“Espero que nos próximos dias possamos trazer de volta todos os nossos reféns, durante a festividade de Sucot”, disse Netanyahu em pronunciamento transmitido pela televisão.
A festividade judaica de Sucot, que celebra o fim da colheita e a proteção divina, começa na segunda-feira e dura uma semana.
Negociações no Egito
Netanyahu informou que instruiu sua equipe de negociação a viajar ao Egito para finalizar os detalhes técnicos do acordo. “A intenção é limitar as negociações a poucos dias”, afirmou, sem especificar a data exata das reuniões.
O anúncio ocorreu após a Casa Branca confirmar que dois enviados do presidente americano Donald Trump também estão a caminho do Egito para participar das conversas.
De acordo com a BBC, Netanyahu agradeceu ao “querido amigo presidente Donald Trump” pelo apoio militar e diplomático de Washington a Israel.
Apoio e pressão de Trump
Mais cedo, Trump afirmou que não aceitará atrasos na implementação do plano de paz para Gaza, apresentado por ele no dia 29 de setembro.
“Reconheço que Israel interrompeu temporariamente os bombardeios para dar uma chance à libertação dos reféns e ao Acordo de Paz. O Hamas precisa agir rapidamente, ou então tudo estará perdido”, escreveu o republicano no Truth Social.
“Não tolerarei atrasos, nem qualquer situação em que Gaza volte a ser uma ameaça. Vamos concluir isso rápido. Todos serão tratados com justiça”, completou.
O plano de paz de Trump
O plano proposto por Trump prevê 20 pontos, incluindo a transformação da Faixa de Gaza em zona livre de grupos armados, sob supervisão internacional. O documento também oferece anistia condicional a integrantes do Hamas que entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica.
Embora tenha sido recebido com cautela por países árabes e por parte da comunidade internacional, o acordo representa o esforço mais direto dos Estados Unidos para encerrar o conflito desde o início da escalada militar em 2023.
Contexto
O sequestro de civis e militares israelenses por grupos armados palestinos ocorreu durante as ofensivas iniciais do Hamas em outubro de 2023. Desde então, centenas de reféns foram libertados em trocas parciais, mas dezenas permaneciam em poder do grupo até este novo acordo.
Israel mantém desde então uma ofensiva militar intensa na Faixa de Gaza, que já deixou dezenas de milhares de mortos e feridos, segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		