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Crise

Prisão em massa de sul-coreanos nos EUA agrava crise entre os países

Seul convoca reunião de emergência e acusa Washington de abuso em operação migratória

A prisão de 475 trabalhadores, incluindo mais de 300 cidadãos sul-coreanos, durante uma operação do ICE (serviço de imigração dos EUA) em fábricas da Hyundai e da LG Energy Solution na Geórgia, provocou forte reação do governo da Coreia do Sul.

A ação, realizada na sexta-feira (5), foi classificada como a maior do gênero em um único local desde o início do mandato de Donald Trump e abriu nova frente de atrito entre os dois países.

Reação imediata de Seul

O presidente Lee Jae Myung ordenou “esforço total” para defender os cidadãos afetados e colocou a diplomacia em alerta máximo.

O chanceler Cho Hyun admitiu a possibilidade de viajar a Washington para negociar diretamente com autoridades da Casa Branca.

Já a vice-ministra das Relações Exteriores, Park Yoonjoo, telefonou para a subsecretária de Estado Allison Hooker e classificou a operação como “lamentável”, criticando especialmente a divulgação de imagens de trabalhadores algemados usando coletes com logotipos de empresas sul-coreanas.

Empresas atingidas

A Hyundai afirmou que nenhum funcionário direto da companhia foi preso, mas confirmou que subcontratados foram alvo da operação. A LG Energy Solution, por sua vez, relatou a detenção de 47 empregados próprios e cerca de 250 trabalhadores terceirizados, anunciando ainda a suspensão de viagens de negócios aos Estados Unidos após o episódio.

Justificativa de Washington

O Departamento de Segurança Interna alegou que a operação se concentrou em “práticas ilegais de emprego e crimes federais graves”. O presidente Donald Trump defendeu a ação, afirmando que o ICE estava apenas “fazendo seu trabalho” e sugeriu que a maioria dos detidos estava em situação migratória irregular.

Investimentos em risco

O incidente ocorre em um momento delicado das relações bilaterais. Apenas dois meses antes, Seul havia anunciado investimentos de US$ 350 bilhões nos Estados Unidos, dentro de um amplo acordo comercial. A repressão migratória agora ameaça tensionar esse pacto e expõe contradições entre o discurso de parceria estratégica e a prática de hostilidade contra trabalhadores estrangeiros.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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