terça-feira, setembro 23, 2025
22 C
Rio de Janeiro
InícioMundoPutin chega à China para cúpula de segurança regional
Segurança

Putin chega à China para cúpula de segurança regional

Presidente russo participa de cúpula da SCO em Tianjin e reforça alinhamento estratégico com Pequim

Tianjin, 31 de agosto de 2025 – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à China para a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), que reúne líderes do Sul Global em um momento crítico das negociações sobre a guerra na Ucrânia.

A visita destaca a estreita aliança estratégica entre Moscou e Pequim e sinaliza resistência a pressões dos Estados Unidos e aliados ocidentais.


A cúpula reúne cerca de uma dúzia de líderes, incluindo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente do Irã, e é vista como uma plataforma para coordenar políticas regionais frente às abordagens frequentemente incoerentes de Washington em comércio e segurança. Para Putin, o alinhamento com a China é central na estratégia de Moscou diante das tentativas dos EUA de encerrar o conflito na Ucrânia.

Apesar da China se declarar mediadora neutra, os dois países estreitaram laços desde 2022, incluindo cooperação militar e tecnológica, como no fornecimento de drones. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy criticou recentemente o papel de Pequim, afirmando que não pode garantir segurança em um futuro acordo de paz com Moscou.

Antes da viagem, Putin elogiou a parceria estratégica e econômica com Pequim, afirmando que as relações atingiram um “nível elevado sem precedentes”. O líder russo permanecerá quatro dias na China, um período incomumente longo, reforçando a prioridade da visita.

A cúpula da SCO, que Pequim classifica como a maior de sua história, definirá planos para a próxima década de desenvolvimento do bloco. A organização reúne Rússia, Bielorrússia, China, Índia, Irã, Cazaquistão, Quirguizistão, Paquistão, Tajiquistão e Uzbequistão, atuando historicamente como contraponto à influência dos EUA na Ásia Central. A expansão recente inclui Índia e Paquistão (2017), Irã (2023) e Bielorrússia (2024).

O evento acontece dias antes de uma grande parada militar em Pequim para celebrar o 80º aniversário da rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial, que terá a presença de Putin e do líder norte-coreano Kim Jong-un, reforçando o simbolismo geopolítico da cúpula.

Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias