A Rússia, por meio de sua porta-voz Maria Zakharova, rejeitou nesta quinta-feira (2) a ideia de que a atual disputa com os países ocidentais seja uma nova Guerra Fria.
Moscou afirmou que o conflito é, na verdade, um confronto direto e intenso que atingiu o nível mais perigoso desde a Crise dos Mísseis de 1962.
O Conflito em “Chamas” e a Tensão Elevada
A declaração russa reflete a escalada de hostilidades e a sensação de que o mundo se encontra em um estado de guerra por procuração, impulsionado pela guerra na Ucrânia.
Ao negar o rótulo de Guerra Fria, a Rússia indica que o cenário é de conflito ativo e não de contenção ideológica e militar latente.
A porta-voz Maria Zakharova endossou a narrativa russa de que o Ocidente é o responsável pela escalada, acusando a Otan e a União Europeia de inventarem operações de sabotagem.
Segundo ela, o objetivo é justificar o aumento massivo dos gastos militares e “preparar provocações” contra a Rússia.
Essa acusação sugere que Moscou se vê como alvo de uma campanha de desinformação e agressão, preparando o terreno para futuras ações.
A Visão de Putin: Humilhação e Marco Histórico
O presidente Vladimir Putin vê o conflito atual como um marco histórico nas relações com o Ocidente. Segundo Putin, o Ocidente humilhou a Rússia ao expandir sua influência para o Leste Europeu após a queda da União Soviética.
Essa percepção de humilhação histórica é a base da justificativa russa para suas ações na Ucrânia e para a postura de que o conflito é uma reação necessária.
Ao reforçar que o confronto está em “chamas” e é “direto”, Moscou tenta solidificar sua posição de que está em uma luta existencial contra a hegemonia ocidental.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		