O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil e Indústrias Afins (SUNTRACS), principal força sindical do Panamá, enfrenta uma onda de perseguição política promovida pelo governo do presidente José Raúl Mulino.
Em outubro de 2025, vários líderes do sindicato e seus familiares foram presos, mas libertados sob condições cautelares após forte pressão internacional e mobilização sindical.
Contexto da repressão e respostas do movimento sindical
As prisões ocorreram no contexto de protestos prolongados contra reformas neoliberais no sistema previdenciário e acordos de segurança entre Panamá e Estados Unidos, vistos como ameaças à soberania nacional. O sindicato denunciou invasões policiais às residências de dirigentes sindicais, comparando as ações a regimes ditatoriais. Em comunicado, a SUNTRACS convocou trabalhadores e a população a se unirem contra a repressão, afirmando que “sem luta não há vitória”.
Mobilização nacional e solidariedade internacional
A resposta internacional veio por meio de organizações como a Building and Wood Workers’ International (BWI), que qualificou as prisões como violações das convenções da Organização Internacional do Trabalho sobre liberdade sindical. A rede internacional denunciou o aumento da repressão, o fechamento da SUNTRACS e a demissão em massa de trabalhadores em empresas ligadas ao setor. A repercussão reafirma a luta do sindicato pela preservação dos direitos dos trabalhadores e pela democracia no Panamá.
Impactos políticos e sociais
Esta campanha de hostilidade contra a SUNTRACS acontece em um contexto político polarizado, em que o governo Mulino intensifica o controle e a repressão contra vozes críticas, especialmente sindicais. A luta do sindicato, além de buscar direitos laborais, representa uma resistência importante à deterioração do espaço democrático no país, adquirindo relevância continental.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
		
		
		
		
		
		
		
		