Resistência

SUNTRACS denuncia perseguição política no Panamá e lidera resistência contra repressão

Sindicato panamenho e organizações internacionais condenam prisões e intimidações do governo Mulino

JR Vital
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JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Os líderes detidos e seus familiares foram libertados sob a condição cautelar de comparecimento periódico. Foto: SuUNTRACS

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil e Indústrias Afins (SUNTRACS), principal força sindical do Panamá, enfrenta uma onda de perseguição política promovida pelo governo do presidente José Raúl Mulino.

Em outubro de 2025, vários líderes do sindicato e seus familiares foram presos, mas libertados sob condições cautelares após forte pressão internacional e mobilização sindical.


Contexto da repressão e respostas do movimento sindical

As prisões ocorreram no contexto de protestos prolongados contra reformas neoliberais no sistema previdenciário e acordos de segurança entre Panamá e Estados Unidos, vistos como ameaças à soberania nacional. O sindicato denunciou invasões policiais às residências de dirigentes sindicais, comparando as ações a regimes ditatoriais. Em comunicado, a SUNTRACS convocou trabalhadores e a população a se unirem contra a repressão, afirmando que “sem luta não há vitória”.


Mobilização nacional e solidariedade internacional

A resposta internacional veio por meio de organizações como a Building and Wood Workers’ International (BWI), que qualificou as prisões como violações das convenções da Organização Internacional do Trabalho sobre liberdade sindical. A rede internacional denunciou o aumento da repressão, o fechamento da SUNTRACS e a demissão em massa de trabalhadores em empresas ligadas ao setor. A repercussão reafirma a luta do sindicato pela preservação dos direitos dos trabalhadores e pela democracia no Panamá.


Impactos políticos e sociais

Esta campanha de hostilidade contra a SUNTRACS acontece em um contexto político polarizado, em que o governo Mulino intensifica o controle e a repressão contra vozes críticas, especialmente sindicais. A luta do sindicato, além de buscar direitos laborais, representa uma resistência importante à deterioração do espaço democrático no país, adquirindo relevância continental.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.