O Talibã bloqueou nesta segunda-feira (29) quase todos os serviços de telecomunicação no Afeganistão, incluindo internet, telefonia celular e transmissões de rádio e TV. A milícia justificou a medida como parte de uma ofensiva contra supostos “atos de imoralidade”, mas especialistas e organizações denunciam a censura como estratégia de controle social.
Bloqueio nacional e impacto nos serviços
De acordo com a organização NetBlocks e relatos de jornalistas locais, a interrupção, que já havia começado em algumas províncias, agora atinge todo o território afegão. O bloqueio compromete não apenas a comunicação civil, mas também o funcionamento de sistemas bancários e transações digitais, deixando milhões de pessoas sem acesso a serviços básicos.
Controle social e repressão
Desde que retomou o poder em 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos, o Talibã impõe restrições severas às liberdades individuais, com foco particular em mulheres e meninas, que enfrentam proibições no acesso à educação, ao trabalho e até à circulação em espaços públicos.
O bloqueio das telecomunicações reforça a estratégia de isolamento e repressão, restringindo o fluxo de informações e dificultando denúncias de violações de direitos humanos.
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Tentativas de reconhecimento internacional
Apesar das medidas autoritárias, o Talibã tenta ampliar seu reconhecimento internacional. O grupo busca apoio diplomático e econômico de países como Rússia e China, mas a repressão crescente contra civis, especialmente mulheres, fragiliza sua legitimidade global.



