terça-feira, setembro 23, 2025
21.8 C
Rio de Janeiro
InícioMundoÁfricaZimbábue autoriza abate de 200 elefantes para enfrentar seca e insegurança alimentar

Zimbábue autoriza abate de 200 elefantes para enfrentar seca e insegurança alimentar

Harare – O Zimbábue autorizou o abate de 200 elefantes para alimentar a população afetada pela pior seca em décadas. A medida, anunciada por Tinashe Farawo, porta-voz da Autoridade de Parques e Vida Selvagem (ZimParks), segue o exemplo da Namíbia, que também abateu elefantes para mitigar a insegurança alimentar. Apesar de críticas de ativistas pelos direitos dos animais, o governo justifica a ação como uma forma de combater a superpopulação de elefantes e reduzir conflitos com humanos.

Resumo da Notícia

  • Zimbábue autorizou o abate de 200 elefantes para enfrentar a crise alimentar causada pela seca.
  • Namíbia já havia tomado medida semelhante, abatendo 700 animais, incluindo elefantes.
  • A superpopulação de elefantes agrava os conflitos com humanos e ameaça os recursos naturais.
  • Ativistas criticam a decisão, citando impactos negativos no turismo e na conservação.

Abate de Elefantes como Medida de Emergência

A decisão do governo zimbabuano foi tomada em meio a uma crise sem precedentes de seca, que afeta grande parte da população. A ministra do Meio Ambiente, Sithembiso Nyoni, afirmou que o país possui “mais elefantes do que precisa”, com cerca de 100 mil elefantes no Zimbábue, a segunda maior população do mundo.

A superpopulação está levando à destruição de recursos naturais e ao aumento de conflitos entre elefantes e comunidades, especialmente em áreas como Hwange, a maior reserva natural do país.

“Quando há superpopulação, os elefantes saem em busca de recursos como água, o que gera conflitos com humanos”, explicou Nyoni.

Influência da Namíbia e Impactos na População

Na Namíbia, uma medida similar foi adotada, resultando no abate de 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, para enfrentar a escassez de alimentos. Até o momento, mais de 56 mil quilos de carne foram distribuídos às comunidades afetadas pela seca. O Zimbábue segue o mesmo caminho, sendo esta a primeira vez desde 1988 que o abate de elefantes será realizado no país. A carne será distribuída para alimentar cidadãos em situação de vulnerabilidade.

“Estamos mobilizando as comunidades, especialmente as mulheres, para processar e embalar a carne, garantindo que ela chegue a quem precisa”, disse Farawo.

Estado de Emergência na África Austral

A seca prolongada que afeta o Zimbábue e a Namíbia é atribuída ao fenômeno climático El Niño, que tem provocado escassez de chuvas desde o início do ano. Estima-se que cerca de 42% dos zimbabuanos vivam na pobreza, e aproximadamente 6 milhões de pessoas necessitarão de ajuda alimentar entre novembro e março, período de maior escassez. Mesmo com a gravidade da situação, a decisão gerou críticas de especialistas e ativistas.

“Os elefantes são mais lucrativos vivos do que mortos. O governo deve buscar soluções mais sustentáveis”, afirmou Farai Maguwu, diretor do Centro de Governança de Recursos Naturais.

Críticas e Preocupações com o Turismo

Ativistas e especialistas em conservação alertam para os possíveis impactos negativos no turismo e na imagem do país. Keith Lindsay, biólogo conservacionista, acredita que o abate poderia criar uma demanda contínua por carne de caça, o que seria insustentável a longo prazo. Além disso, o Zimbábue corre o risco de afastar turistas, que são atraídos pelos safáris e pela oportunidade de observar os elefantes em seus habitats naturais.

“Os elefantes têm o direito de existir, e as futuras gerações devem vê-los em seu ambiente”, escreveu Maguwu no X.

Perguntas Frequentes sobre o Abate de Elefantes no Zimbábue

Por que o Zimbábue está abatendo elefantes?

O Zimbábue autorizou o abate de elefantes para lidar com a crise alimentar causada pela seca e reduzir os conflitos entre humanos e elefantes devido à superpopulação.

A Namíbia já adotou medida semelhante?

Sim, a Namíbia abateu 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes, para enfrentar a insegurança alimentar. A carne foi distribuída para comunidades afetadas.

A decisão pode afetar o turismo?

Críticos acreditam que o abate pode prejudicar o turismo, pois os elefantes são uma grande atração. Farai Maguwu argumenta que os elefantes vivos são mais lucrativos do que mortos.

O abate é a única solução para a superpopulação de elefantes?

Especialistas sugerem que o governo busque soluções mais sustentáveis, como aumentar os esforços de conservação e encontrar formas de coexistência entre humanos e animais.


Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias