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PF indicia ex-ministro por importunação sexual

Silvio Almeida é investigado por acusações de assédio e importunação sexual; caso segue sob sigilo no STF.

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Silvio Almeida - Foto: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Polícia Federal indiciou o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em inquérito que apura denúncias de assédio e importunação sexual. O caso está sob sigilo e segue para análise da Procuradoria-Geral da República.


A Polícia Federal (PF) formalizou o indiciamento do ex-ministro dos Direitos Humanos do governo Lula, Silvio Almeida, no inquérito que investiga denúncias de assédio e importunação sexual contra ele. O relatório da PF foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro André Mendonça responde pelo caso, garantindo a tramitação sob sigilo.

Agora, caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir pela apresentação de denúncia, solicitação de diligências adicionais ou possível arquivamento do inquérito. A defesa de Silvio Almeida optou por não se manifestar publicamente, e o ex-ministro nega todas as acusações.

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Silvio Almeida foi demitido do cargo em setembro de 2024, após a divulgação pública das denúncias recebidas pela ONG Me Too Brasil. As acusações ganharam notoriedade principalmente pelo depoimento da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que é uma das denunciantes e foi ouvida pela Polícia Federal no âmbito do inquérito.

Em entrevista ao programa Fantástico no último outubro, Anielle Franco revelou que as importunações começaram em 2023 e se estenderam por aproximadamente um ano. Ela relatou que um episódio emblemático do assédio teria ocorrido em maio de 2023, durante uma reunião de trabalho, quando Almeida teria tocado-a por baixo da mesa, na presença de outras autoridades, incluindo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Segundo a ministra, as ações de importunação começaram com falas inadequadas e avanços verbais que evoluíram para um desrespeito sério, ultrapassando limites aceitáveis. Ela ressaltou que nenhum mulher deveria passar por tais situações, sublinhando a gravidade dos fatos.

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Este caso abre discussões importantes sobre o ambiente institucional e a proteção de vítimas de assédio em espaços de poder, reforçando a importância da atuação rigorosa da Polícia Federal e do sistema judiciário na apuração e punição de crimes que atingem a dignidade e a segurança das pessoas.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.