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Alexandre de Moraes diz que STF não é composto por “covardes” nem “medrosos”

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira (23) que a Corte não é composta por “covardes” nem por “medrosos”.

A declaração do ministro foi motivada pela reação à aprovação da emenda à Constituição que limita decisões individuais dos ministros da Corte.

O que você precisa saber:

  • O ministro Alexandre de Moraes disse que a Corte não é composta por “covardes” nem por “medrosos”.
  • A declaração foi motivada pela aprovação da PEC que limita decisões individuais dos ministros da Corte.
  • A PEC segue para Câmara dos Deputados, onde não há prazo para votação.
  • Para ser promulgada, a proposta também precisa ser aprovada em dois turnos.

Desdobramento da história:

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Aprovação da PEC

Ontem (22), por 52 votos a favor e 18 contrários, a PEC foi aprovada pelo Senado. O texto segue para Câmara dos Deputados, onde não há prazo da votação da matéria. Para ser promulgada, a proposta também precisa ser aprovada em dois turnos.

Reação do ministro Moraes

Durante a sessão da Corte, Moraes afirmou que a Constituição garante a independência do Supremo.

“Essa Corte não se compõe de covardes nem de medrosos. A Constituição garantiu à independência do Poder Judiciário, proibindo qualquer alteração constitucional que desrespeite essa independência e desrespeite a separação de poderes”, afirmou.

O ministro também ressaltou que o Supremo tomou medidas individuais para garantir a vacinação contra a covid e durante os atos golpistas de 8 de janeiro, mas as liminares foram referendadas pelo plenário da Corte.

“A discussão de ideias, o aprimoramento das instituições são importantes instrumentos da democracia, mas não quando escondem insinuações, intimidações e ataques à independência do Judiciário”, concluiu.

Manifestações de outros ministros

Mais cedo, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e o ministro Gilmar Mendes também se manfiestaram sobre a aprovação da PEC.

Barroso afirmou que a aprovação da PEC é um “ataque à democracia”. Mendes disse que a proposta “representa um retrocesso”.

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