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Aliado relata Bolsonaro triste, abatido e com perda de peso na prisão domiciliar

Coronel Ricardo Mello Araújo afirma que ex-presidente perdeu 3 kg, alterna gargalhadas e lágrimas e se diz vítima de injustiça.

Evaristo de Paula
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Evaristo De Paula
Evaristo de Paula é jornalista e redator de Política no www.diariocarioca.com, atuou em vários veículos de comunicação
Ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está “triste, abatido” e perdeu três quilos desde que foi colocado em prisão domiciliar, segundo relato do vice-prefeito de São Paulo, coronel Ricardo Augusto de Mello Araújo (PL). Amigo de longa data, Araújo passou quatro horas com Bolsonaro na última terça-feira (26), em encontro reservado, e disse que o ex-presidente alterna momentos de gargalhadas com lágrimas ao falar sobre as “muitas injustiças” que estaria sofrendo.


Encontro em clima de tensão

“Forcei a barra para ele fazer exercícios físicos, mas ontem não deu”, contou Mello Araújo à Folha de S.Paulo. De acordo com o aliado, Bolsonaro se mantém informado sobre a política por meio da família, incluindo os filhos e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Disputa pela herança política

O vice-prefeito criticou o movimento de aliados em busca de um sucessor para a eleição de 2026. “Estão enterrando Bolsonaro vivo”, afirmou. E comparou: “É como se um pai estivesse na UTI e os filhos estivessem disputando o espólio antes de ele morrer. Aqui não falo dos filhos biológicos, mas dos filhos políticos.”

Questionado sobre os nomes em articulação, Araújo citou os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás. “Só querem o espólio dele, só querem os 30% dos votos dele. Povo sem-vergonha!”, disse.

Julgamento no STF como prioridade

Segundo Araújo, Bolsonaro não manifestou apoio a nenhum candidato e só deve se posicionar após o julgamento sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, que terá início no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2 de setembro.

“Qual é o tema principal nesse momento? É a eleição, que vai ser só em 2026, ou é o julgamento do Bolsonaro, que começa na semana que vem? É óbvio que é o julgamento”, avaliou. Para ele, a sucessão política deveria ser colocada em segundo plano diante da defesa do ex-presidente.

Evaristo de Paula é jornalista e redator de Política no www.diariocarioca.com, atuou em vários veículos de comunicação