Brasília, 24 de agosto de 2025 – O pastor Silas Malafaia se tornou o centro das atenções na semana após a divulgação de relatório da Polícia Federal (PF) que o investiga por obstrução de justiça.
Entre os documentos, surgiram conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas quais Malafaia se dirige a Eduardo Bolsonaro (PL-SP) com xingamentos, ameaças e tom virulento.
Após a repercussão negativa, marcada pelo uso repetitivo de palavrões e por críticas de membros da comunidade evangélica, Malafaia gravou vídeo para se desculpar, mas não deixou de demonstrar abatimento. Com a voz embargada, ele lamentou a falta de defesa pública de aliados:
“Pessoas que me conhecem, sabem do meu caráter, caladas, gente até amiga, calada, omissa, não diz nada nas redes sociais com medo de perder seguidor. Muito bem!”, disse Malafaia, em tom que mescla indignação e drama teatral.
Macambuso e incompreendido
O pastor aparenta abatimento diante do silêncio de quem se esperava que o defendesse. A situação ilustra, de forma sarcástica, a solidão do bolsonarismo religioso quando confrontado com exposição pública. Enquanto tenta manter sua influência política, Malafaia se vê macambuso, criticando a omissão de aliados e recebendo apenas elogios pontuais de líderes de outras religiões, como uma liderança católica que reconheceu sua postura.
O contexto e a repercussão
Os áudios divulgados mostram Malafaia discutindo estratégias de ataque e críticas ao filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro.
Especialistas em política e comportamento religioso afirmam que o episódio evidencia fragilidades internas do bolsonarismo evangélico, onde líderes isolados se expõem ao ridículo midiático sem apoio concreto.
A situação também reforça a narrativa do isolamento político de Malafaia: mesmo atuando como articulador próximo do ex-presidente e sua família, ele enfrenta críticas dentro de seu próprio meio e falta de suporte público.