A Câmara dos Deputados consumou nesta terça-feira (16) a maior derrota da democracia brasileira desde a redemocratização: aprovou em segundo turno a PEC da Impunidade por 344 votos a 133, consolidando o fim da Justiça e a institucionalização da corrupção como política de Estado. A bandidagem organizada venceu, o povo perdeu.
O texto, que agora segue para o Senado, transforma o Congresso num tribunal do crime onde bandidos julgam bandidos às escuras, através do voto secreto, e garantem que nenhum político corrupto seja preso sem a autorização de seus cúmplices.
Os números da vergonha
- 1º turno: 353 a 134 – A vitória inicial da impunidade
- 2º turno: 344 a 133 – A consolidação da bandidagem
- 9 deputados mudaram do “Sim” para ausentes/abstenções
- 1 deputado mudou do “Não” para ausente

O que a PEC da Impunidade estabelece
- Voto secreto para prisões: Deputados decidirão nas sombras se colegas presos em flagrante devem ser soltos
- Autorização para processos: STF precisará pedir permissão ao Congresso para investigar políticos
- Foro privilegiado ampliado: Presidentes de partidos ganham direito a julgamento no STF
- Prazo de 90 dias: Processos ficarão engavetados por três meses
- Prisão em flagrante: Mesmo com a mão na massa, a Casa legislativa terá 24h para liberar o bandido
A hipocrisia dos discursos
Hugo Motta mentiu descaradamente ao dizer que “não é uma pauta da direita ou da esquerda”. É a pauta da bandidagem contra o povo. Claudio Cajado insultou a inteligência nacional ao falar em “resguardar garantias constitucionais” enquanto destrói o princípio básico da igualdade perante a lei.
A resistência heróica
Os 133 deputados que votaram contra merecem o reconhecimento da história. Enquanto a maioria vendia a alma pelo corporativismo, eles defenderam:
- A Justiça sobre a impunidade
- A transparência sobre o segredo
- O povo sobre os privilégios
- A democracia sobre a cleptocracia
O que esperar do Senado
Otto Alencar, presidente da CCJ do Senado, já avisou: “o texto não passará pelo colegiado”. Mas esta Câmara já mostrou que o inesperado é o novo normal. A bandidagem está organizada e determinada.
O preço para o povo brasileiro
Enquanto votavam sua autoimunidade, os deputados deixaram morrer a MP da Tarifa Social que beneficiaria 60 milhões de brasileiros com luz gratuita. Escolheram salvar suas próprias peles rather que garantir um direito básico para o povo que paga seus luxuosos salários.