O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, usou seu depoimento à CPMI do INSS nesta quinta-feira (2) para criticar diretamente a gestão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, por omissão na investigação de fraudes que atingiram o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) durante o governo Bolsonaro.
Carvalho afirmou que Moro recebeu denúncias sobre descontos irregulares em benefícios, mas optou por não acionar a Polícia Federal (PF) nem a própria CGU para apurar o esquema.
A Controvérsia Sobre a Omissão e o Rombo de R$ 6 Bilhões
A acusação de omissão de Moro é grave, especialmente após a Operação Sem Desconto, deflagrada pela CGU e PF em 2024, ter revelado um esquema de fraudes com um rombo estimado em R$ 6 bilhões.
Moro (que não estava presente na CPMI, mas se manifestou por meio de seus canais) rebateu a crítica, alegando ter suspendido quatro entidades e reduzido os descontos pela metade quando estava no cargo. No entanto, o ex-ministro tentou desqualificar a investigação atual, recorrendo a uma velha tática bolsonarista: “ninguém colocou uma quadrilha no comando do INSS como no governo Lula“.
O ministro Carvalho respondeu à alegação, focando nas vítimas da fraude: mesmo com as ações citadas por Moro, os aposentados não foram ressarcidos dos prejuízos. O chefe da CGU admitiu que houve atraso das instituições nas apurações, mas fez questão de lembrar que denúncias sobre o esquema de descontos irregulares existiam desde 2018, ou seja, antes mesmo do início do governo Bolsonaro.
Pressão e Escândalo na CPI
A cobrança na CPMI do INSS joga luz sobre a responsabilidade política e administrativa da gestão anterior, que se omitiu em investigar denúncias de corrupção que, agora, somam um prejuízo bilionário aos cofres públicos e, principalmente, aos aposentados e pensionistas.
O confronto entre a CGU e Moro demonstra a seriedade das apurações e a determinação da Controladoria em responsabilizar gestões anteriores pela inação no combate às fraudes.
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