A CPI do INSS começou nesta quarta-feira (20) sob forte influência de parlamentares ligados a Jair Bolsonaro.
A oposição conseguiu uma manobra que garantiu a eleição do senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da comissão, derrotando a indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que havia sugerido Omar Aziz (PSD-AM) para o cargo.
Logo após assumir a presidência, Viana também conduziu a escolha do relator: o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alinhado ao bolsonarismo, garantindo que a investigação sobre os desvios no INSS seja conduzida por aliados do ex-presidente.
A escolha gerou críticas de setores da oposição, que alertam para possível proteção de políticos e interesses do governo anterior.
Criada em junho, a CPI investigará supostos desvios em benefícios do INSS, que podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU).
Os desvios envolvem associações e entidades que cobravam taxas não autorizadas e manipulavam cadastros para validar cobranças.
A comissão contará com 32 parlamentares titulares, divididos igualmente entre deputados e senadores, com forte presença do PL e de aliados do bolsonarismo, o que sinaliza o controle político da investigação.


