Campo Grande – Chiquinho Brazão, deputado federal e investigado no caso do assassinato de Marielle Franco, solicitou ao STF a substituição de sua prisão preventiva por uma domiciliar. A defesa alega motivos de saúde, destacando problemas cardíacos graves que exigem cirurgia urgente. Brazão está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande, a mais de 1.400 km do local proposto para o tratamento, no Rio de Janeiro.
O pedido de prisão domiciliar humanitária foi enviado após o ministro Alexandre de Moraes negar a suspensão da prisão preventiva. Na última sexta-feira (27), Moraes determinou a realização de exames médicos na prisão para avaliar o quadro de saúde do parlamentar.
Avaliação médica e possíveis cenários
Brazão passou por uma cineangiocardiografia coronária, exame que investiga obstruções nas artérias do coração. Dependendo do resultado, ele poderá ser submetido a procedimentos como cateterismo, implante de stent ou cirurgia de peito aberto.
A defesa informou que o deputado apresenta dores no peito e risco de infarto. Ele possui histórico de problemas cardíacos e já foi submetido a intervenções anteriores. Além disso, exames realizados em novembro apontaram outras comorbidades que agravam o quadro.
Decisão sobre prisão domiciliar
O resultado dos exames deverá ser entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) em até 48 horas. A PGR decidirá se apoia ou não o pedido de prisão domiciliar para realização da cirurgia. Até o momento, não há decisão judicial.
Histórico político de Brazão
Chiquinho Brazão foi cassado pelo Conselho de Ética da Câmara em agosto, mas a decisão ainda aguarda votação no plenário. O presidente da Câmara, Arthur Lira, encerrou o ano legislativo sem pautar o caso, transferindo a decisão para o próximo presidente da Casa.
Entenda o caso: prisão domiciliar para Chiquinho Brazão
- Motivo do pedido: Necessidade urgente de cirurgia cardíaca.
- Localização: Brazão está preso em Campo Grande, a 1.423 km do local indicado para o tratamento, no Rio de Janeiro.
- Exames realizados: Cineangiocardiografia coronária para avaliação de obstruções arteriais.
- Decisão pendente: A PGR analisará os resultados antes de emitir parecer sobre o pedido.
- Histórico político: Cassação aprovada no Conselho de Ética, mas ainda sem votação em plenário.