Brasília, 31 de julho de 2025 — O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode ser preso caso retorne ao Brasil, segundo fontes ligadas à Polícia Federal. A medida é considerada viável diante das suspeitas de coação no curso do processo e de articulação internacional contra autoridades brasileiras, ao lado do ativista golpista Paulo Figueiredo.
Investigação envolve coação e tentativa de obstrução judicial
As suspeitas contra Eduardo Bolsonaro ganharam força após sua atuação na ofensiva externa que visa deslegitimar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com apuração do G1, confirmada por investigadores, há indícios de que ele participou ativamente de articulações para pressionar ministros do STF e agentes da Polícia Federal, inclusive com tentativas de sanções internacionais contra o Brasil.
A movimentação teria se intensificado após a confirmação, pelo governo de Donald Trump, da nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros — medida que Eduardo classificou como “resposta legítima” a ações do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não há recuo nem mesmo dentro da família”, disse um interlocutor bolsonarista ao G1, sob condição de anonimato.
Grupo pressiona por sanções e tenta travar negociações com os EUA
Segundo fontes ligadas à investigação, o grupo articulado por Eduardo e Paulo Figueiredo tenta influenciar setores políticos nos Estados Unidos (EUA) para ampliar sanções contra o Brasil, comprometendo as negociações sobre o chamado bolsotaxa.
A ação é vista por juristas como possível tentativa de obstrução da Justiça, o que agrava o quadro jurídico de Eduardo, já investigado no inquérito das milícias digitais. A situação se deteriorou após o uso da Lei Magnitsky para sancionar o ministro Alexandre de Moraes.
Prisão de Eduardo no retorno ao Brasil é considerada viável
A avaliação de investigadores e de setores do governo Lula é de que Eduardo Bolsonaro está sujeito à prisão preventiva caso desembarque no Brasil. O mesmo raciocínio começa a ser aplicado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode ser incluído na investigação de obstrução judicial.
Para autoridades do STF e do Palácio do Planalto, o clã Bolsonaro aposta em tensionar o ambiente institucional, na tentativa de deslegitimar julgamentos e criar embaraços ao Judiciário. No entanto, o movimento pode acelerar novas medidas judiciais.
Entenda o cerco jurídico a Eduardo Bolsonaro
Por que Eduardo Bolsonaro pode ser preso?
Ele é investigado por coação no curso do processo e por tentar deslegitimar instituições brasileiras no exterior. Caso entre no país, a Polícia Federal pode pedir sua prisão preventiva, medida considerada viável por juristas e autoridades.
Quais são as acusações contra ele?
Além da coação, Eduardo é suspeito de obstrução de Justiça ao atuar internacionalmente para constranger ministros do STF e agentes públicos envolvidos nas investigações contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quem mais está envolvido na articulação internacional?
O nome mais citado é o de Paulo Figueiredo, aliado do bolsonarismo nos EUA. Juntos, eles promovem ações de desgaste contra o Brasil em fóruns e mídias internacionais.
Como o governo e o STF estão reagindo?
A leitura institucional é de que o grupo tenta provocar instabilidade para desacreditar as decisões judiciais. No entanto, essa postura tem fortalecido o respaldo para novas medidas legais.
O que pode acontecer nas próximas semanas?
Fontes do governo esperam uma intensificação das ações bolsonaristas no exterior, mas acreditam que isso pode levar a novas ordens de prisão e denúncias formais no Supremo Tribunal Federal.
Clã Bolsonaro amplia tensão e acelera desgaste jurídico
A tentativa de Eduardo Bolsonaro de provocar instabilidade institucional ao atacar o STF e o governo Lula no cenário internacional reforça a percepção de que o bolsonarismo adota uma estratégia de confronto contínuo. No entanto, esse movimento tem efeito reverso: amplia o isolamento político do clã e fortalece a base legal para medidas mais duras. O risco de prisão imediata marca uma nova fase da ofensiva judicial contra os principais nomes do grupo.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		