O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) responsabilizou o ministro do STF Alexandre de Moraes e a Polícia Federal pelo assalto ocorrido neste domingo (24) na casa de sua mãe, em Resende (RJ). No crime, ela e os avós do parlamentar foram feitos reféns.
Em discurso inflamado, Eduardo disse que os criminosos afirmaram conhecer a família e exigiram dinheiro supostamente enviado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele acusou agentes federais de “seguirem ordens” de Moraes e levantou suspeita de que informações poderiam ter sido repassadas à quadrilha.
“Os criminosos falaram: ‘A gente sabe quem são vocês. E a gente já sabe que o Jair Bolsonaro tá repassando dinheiro pra vocês e a gente quer esse dinheiro’. Vocês que dizem que só estão seguindo ordens, vocês da Polícia Federal, vocês são os responsáveis por isso, por entrarem na onda desse maluco do Alexandre de Moraes. Vou me segurar aqui para não falar um palavrão. Se matassem meus avós, com mais de 80 anos, não ia dar nada. Não é da família de vocês. Vocês vão se f*. Se depender de mim, vocês, cachorrinhos da Polícia Federal, eu vou atrás de vocês. Quem que me garante que não foram vocês que vazaram pra esses criminosos entrarem na casa dos meus avós?”, esbravejou o irmão de Flávio Bolsonaro, que também havia falado do crime mais cedo.
Eduardo também criticou o bloqueio de suas contas e da esposa, determinado por Moraes, alegando que isso o impede de contratar segurança para a família. Em seguida, atacou o ministro com xingamentos e voltou a citar a facada sofrida por Jair Bolsonaro em 2018.
Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também denunciou o caso e afirmou que os assaltantes reviraram a casa em busca de dinheiro, mas fugiram levando apenas anéis e o carro do avô.
Atualmente, Eduardo está nos Estados Unidos, onde articula com o ex-presidente Donald Trump medidas de pressão contra o Brasil para tentar viabilizar uma anistia a Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado.