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Gilmar Mendes detona voto de Fux e diz que anistia é “inconstitucional”

Decano do STF diz que crimes contra a democracia não podem ser perdoados e critica contradições na decisão de Luiz Fux

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou nesta segunda-feira (15) que qualquer tentativa de anistiar os envolvidos na tentativa de golpe de Estado é “ilegítima” e “inconstitucional”. Para o decano da Corte, crimes contra a democracia não podem ser perdoados nem relativizados.

A declaração ocorreu durante a inauguração de uma nova unidade do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em São Paulo, instituição fundada pelo próprio ministro. Gilmar classificou a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus pela Primeira Turma do STF como um marco histórico na defesa do Estado Democrático de Direito.

Ataque direto a Luiz Fux

Em um gesto raro, Gilmar Mendes criticou publicamente o colega Luiz Fux, que votou pela absolvição de Bolsonaro, mas condenou o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o general Braga Netto. Segundo o decano, o voto de Fux está “prenhe de incoerências” e revela uma postura contraditória.

Na semana passada, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe. A decisão saiu por 4 votos a 1, com Fux isolado na divergência. A defesa do ex-presidente chamou a pena de “excessiva” e já anunciou recurso.

Congresso discute anistia ampla para golpistas

Enquanto o STF reforça sua posição contra o golpismo, setores do Centrão e da extrema-direita articulam no Congresso projetos de anistia. Há propostas restritas, voltadas apenas a condenados de menor relevância, mas também uma versão ampla, defendida pela base bolsonarista, que incluiria até o próprio ex-presidente.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), reuniu-se com Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do tema. Uma reunião de líderes partidários marcada para esta terça-feira (16) deve definir se o projeto relatado por Rodrigo Valadares (União-SE) entrará em regime de urgência.

Defesa inegociável da democracia

Gilmar Mendes deixou claro que o STF não aceitará tentativas de blindagem política para criminosos que atacaram as instituições. A mensagem é direta: a democracia não será refém de anistias oportunistas.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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