Após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir reabrir a investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da tentativa de golpe de Estado, sua defesa solicitou ao ministro Alexandre de Moraes autorização para que ele receba visitas de aliados próximos.
O pedido inclui visita do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, marcada para o dia 29 de outubro, além do desembargador aposentado Sebastião Coelho, do bispo Robson Rodovalho, do ministro do Tribunal de Contas da União Jorge Oliveira e do deputado federal Alfredo Gaspar.
A decisão da reabertura da investigação foca na participação de Bolsonaro e de aliados em atos golpistas que visavam desestabilizar o Estado Democrático de Direito após as eleições de 2022. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que estava proibido de manter contato com o ex-presidente durante investigações anteriores, agora poderá ser autorizado a visitá-lo novamente, pois o STF retomará a análise do seu envolvimento com o grupo acusado.
Segundo a defesa, as visitas são essenciais para coordenação de pautas institucionais e planejamento político com impacto nacional, já que Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto, após ser condenado a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes relacionados à tentativa de golpe.
O ministro Alexandre de Moraes fundamenta a reabertura do inquérito com base no Código de Processo Penal, que permite novas investigações diante do surgimento de novas provas. A decisão reforça o compromisso do STF em aprofundar a apuração dos fatos e garantir o respeito à Constituição.
