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Lira cria comissão e adia votação de anistia para 8 de janeiro

Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (29) a criação de uma comissão especial para avaliar o projeto de lei que propõe a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. A decisão interrompe a tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e amplia as etapas do processo.

Ao justificar a criação da nova comissão, Lira ressaltou a “complexidade” do tema, destacando a necessidade de um debate mais aprofundado. O projeto, agora, deverá ser analisado por seis comissões: Administração e Serviço Público, Comunicação, Direitos Humanos, Relações Exteriores e Segurança Pública.

Entenda a Criação da Comissão Especial e o Impacto na Tramitação

A comissão especial, composta por 34 membros titulares, representará uma etapa adicional na análise do projeto. Com a decisão de Lira, o texto deixa de seguir para o plenário após a votação na CCJ, como era inicialmente planejado, e terá que passar por um novo cronograma de debates e votações.

Lira explicou que o projeto exige um estudo aprofundado e que, por isso, não poderia ser tratado apenas pela CCJ. “A complexidade e o caráter multifacetado do tema em questão desaconselham uma análise exclusiva no âmbito de uma única comissão de mérito nesta Casa”, disse o presidente da Câmara.

A Importância da Convergência no Debate da Anistia

Durante o anúncio, Arthur Lira pediu aos deputados que tratem o tema com “responsabilidade”, buscando uma convergência de opiniões no texto que será analisado. Segundo ele, o debate não deve se transformar em disputa política, especialmente diante das futuras eleições da Mesa Diretora da Câmara.

“O tema deve ser debatido pela Casa, mas não pode jamais, pela sua complexidade, se converter em um elemento de disputa política,” afirmou Lira, destacando que a comissão observará rigorosamente todos os ritos regimentais.

Possíveis Impasses Jurídicos e Reações Políticas

A CCJ, presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de Jair Bolsonaro e apoiadora do projeto, chegou a pautar o texto antes da criação da comissão especial. No entanto, aliados do presidente Lula pediram mais tempo para avaliar o projeto, adiando a votação.

Alguns juristas já apontaram problemas de constitucionalidade no projeto, alertando que, caso o texto seja aprovado pela Câmara e Senado e sancionado por Lula, poderá enfrentar questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF).


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Perguntas Frequentes sobre a Comissão Especial e o Projeto de Anistia

Por que Arthur Lira criou uma comissão especial para o projeto?

Lira argumentou que a complexidade do tema exige uma análise mais aprofundada, que não caberia apenas à CCJ, justificando a criação da comissão especial.

Como fica o processo de tramitação com a nova comissão?

O texto passará por seis comissões antes de ir ao plenário. Essa etapa adicional inclui debates, cronograma e votação interna.

Qual a posição de Lira sobre o debate do projeto?

Lira pediu responsabilidade aos deputados e defendeu que o projeto seja discutido de forma a evitar disputas políticas.

O que dizem os juristas sobre a constitucionalidade do projeto?

Alguns juristas apontam possíveis problemas de constitucionalidade e acreditam que o texto poderá enfrentar questionamentos no STF.

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