Em discurso emotivo nesta sábado (18), durante encontro com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), em São Bernardo do Campo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a ampliação da rede para 2026, com investimento de R$ 108 milhões e meta de chegar a 500 unidades em todo o país, beneficiando milhares de jovens candidatos à universidade. Lula reforçou, ainda, que “nunca mais um presidente de outro país ouse falar grosso com o Brasil”, afirmando a soberania nacional e a independência da América Latina.
Defesa da autonomia e educação como caminho para a soberania
Acompanhado dos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Fazenda, Fernando Haddad, Lula ressaltou a importância da educação para a construção de um país soberano e igualitário. Destacou que o investimento em cursinhos populares, que já conta com 12,1 mil alunos, é fundamental para garantir oportunidades e romper ciclos de desigualdade.
“No Brasil não aceitaremos ser tratados como subordinados por nenhuma nação”, pontuou o presidente em um momento de tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, que vêm impondo tarifas a produtos brasileiros e autorizando ações secretas na Venezuela. Lula pretende discutir essa crise diretamente com o presidente estadunidense ainda em 2025, alertando para os riscos de intervenção militar americana que poderia desestabilizar a América do Sul.
Empoderamento feminino e compromisso com igualdade
Lula também defendeu a autonomia feminina, enfatizando a necessidade de que mulheres tenham independência econômica e liberdade. ”Uma mulher não pode viver com alguém atrás de um prato de comida”, afirmou, ressaltando o papel decisivo do trabalho feminino para a liberdade.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou que em dezembro será aberto o novo edital para a expansão dos cursinhos, reforçando a frase do presidente: “Falar em democracia é falar em educação, falar em soberania é falar em educação.”
Um recado à América Latina e ao mundo
Lula destacou que o Brasil e a região devem atuar juntos para formar uma “doutrina latino-americana”, com professores e estudantes do continente, sonhando com uma América Latina independente e forte. Essas palavras ressoam como um compromisso firme contra qualquer tentativa de intimidação externa.


