O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu indicar o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada por cinco auxiliares e aliados do governo, segundo apuração do Metrópoles.
O anúncio oficial deve ocorrer nas próximas horas, e Messias será submetido à sabatina no Senado, etapa obrigatória antes da nomeação. Os senadores avaliarão sua trajetória jurídica e votarão a aprovação do nome para a Corte.
Trânsito político e apoio do governo
A escolha de Messias é vista como estratégica. O ministro da AGU mantém bom relacionamento com parlamentares de diferentes partidos, o que deve garantir uma votação tranquila no Senado.
Entre os nomes avaliados pelo presidente estavam o ministro do TCU Bruno Dantas e a ministra Ana Arraes, mas Messias era considerado favorito desde o início, devido à relação de confiança com Lula e à atuação técnica em pautas jurídicas do governo.
A decisão tem forte apoio do PT e de setores jurídicos ligados ao partido, que consideram Messias leal e experiente na administração pública.
Perfil e trajetória de Jorge Messias
Com 45 anos, Jorge Messias poderá permanecer no STF até 2055, pelas regras atuais. Ele é procurador da Fazenda Nacional concursado desde 2007 e atua como ministro da AGU desde janeiro de 2023.
Antes disso, exerceu o cargo de subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência (SAJ) no governo Dilma Rousseff, onde ganhou projeção como articulador jurídico do Palácio do Planalto.
Bastidores da indicação
A confirmação da escolha ocorre após uma série de encontros e consultas internas. Nesta quinta-feira (16), Messias participou de um evento com Lula e lideranças evangélicas, entre elas o bispo Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira, e o deputado Cezinha Madureira (PSD-SP).
Na terça-feira (14), o presidente participou de um jantar com ministros do STF, como Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino, além de Ricardo Lewandowski e Rui Costa. Messias não compareceu — decisão interpretada por auxiliares como uma forma de preservá-lo, já que Lula já havia “batido o martelo” sobre a escolha.
Com a nomeação, Messias substitui Barroso, que se aposentou antecipadamente aos 67 anos, embora pudesse permanecer na Corte até os 75.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		