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sexta-feira, janeiro 10, 2025
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Lula e ministro da Defesa discutem polêmica sobre blindados israelenses

Resumo da Notícia

Lula se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio, após críticas sobre o veto à compra de blindados israelenses. O presidente reafirmou sua confiança no ministro, apesar da polêmica gerada. O ex-chanceler Celso Amorim lidera a oposição à compra, argumentando que o Brasil deve manter uma política crítica às ações militares de Israel.

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (16) com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, após uma série de críticas sobre o veto do governo à compra de 36 veículos blindados israelenses para o Exército.

O encontro, que não estava na agenda oficial, ocorre em meio a pressões dentro do PT para a saída de Múcio, apesar de Lula já ter reafirmado seu apoio ao ministro.

A polêmica teve início após declarações de Múcio em um evento, nas quais ele afirmou que “questões ideológicas” estariam travando a licitação vencida pela empresa Elbit Systems, de Israel.

A fala gerou desconforto, especialmente com o ex-chanceler Celso Amorim, que se opõe à compra de armamentos de Israel, dada a posição crítica do governo brasileiro em relação às ações militares do país na Faixa de Gaza.

Lula minimiza o episódio

Em entrevista recente, Lula adotou um tom conciliador, destacando que Múcio demonstrou preocupação com o impacto de suas declarações. O presidente revelou que o ministro o procurou, preocupado por ter dito “algo que não devia”. Contudo, Lula afirmou que o episódio está superado e garantiu que o ministro continua a ter sua confiança.

José Múcio é meu amigo, meu ministro da Defesa, e tenho muita confiança nele”, declarou Lula, enfatizando sua relação de lealdade com Múcio tanto antes quanto durante o governo.

Divergências sobre a compra

O principal crítico da aquisição dos blindados é Celso Amorim, que defende que a compra contraria os princípios de crítica às ações militares de Israel, especialmente diante do posicionamento de Lula em condenar o genocídio em Gaza. O presidente brasileiro chegou a comparar o ocorrido com o Holocausto, o que levou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a considerá-lo “persona non grata” em Israel.

Nos bastidores, há relatos de que Múcio tentou sugerir uma solução intermediária para resolver o impasse na compra dos blindados, além de tentar contornar as objeções do Tribunal de Contas da União (TCU), que suspendeu a licitação após disputas legais com a empresa vencedora.

Especulações sobre a permanência de Múcio

Há rumores de que Múcio teria feito as críticas públicas para facilitar sua saída do governo, dada a série de conflitos envolvendo sua gestão. No entanto, fontes próximas ao ministro negam essa hipótese, ressaltando sua lealdade ao presidente e seu perfil de diálogo.

Perguntas Frequentes sobre o Caso dos Blindados Israelenses

3. Como o Tribunal de Contas da União (TCU) está envolvido no processo?

O TCU suspendeu a licitação após problemas administrativos com a empresa vencedora, a Elbit Systems, gerando um impasse na compra dos veículos.

2. O ministro José Múcio corre o risco de deixar o governo?

Apesar das pressões internas, Lula reafirmou seu apoio a Múcio, garantindo sua permanência como ministro da Defesa.

1. O que motivou o veto à compra dos blindados israelenses?

As questões ideológicas e críticas às ações militares de Israel foram apontadas como os principais motivos, especialmente pelo assessor de Assuntos Internacionais, Celso Amorim.

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