Brasília – O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, afirmou que a internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atrasará as votações das medidas fiscais no Congresso.
Lula passou por cirurgia na madrugada desta terça-feira (10) para drenar um hematoma no cérebro, mas o governo mantém o cronograma das discussões parlamentares.
Durante reunião do Fórum de Governadores, Padilha garantiu: “O fato de o presidente estar hospitalizado não impede o ritmo das votações necessárias para consolidar as regras do marco fiscal.” Ele ainda destacou o compromisso do governo em concluir o ano com as pautas econômicas ajustadas.
Decisões do STF e reunião emergencial
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou o pagamento das emendas parlamentares, estabelecendo critérios rigorosos de transparência. Contudo, a Advocacia-Geral da União (AGU) tentou flexibilizar algumas dessas regras, mas o pedido foi rejeitado pelo ministro Flávio Dino.
Após a decisão, Lula reuniu-se na segunda-feira (9) com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente. Segundo Padilha, o encontro abordou “interpretações da AGU sobre as decisões do STF” e discutiu como acelerar a execução das emendas.
Prioridades no uso das emendas
Padilha explicou que o governo deseja agilidade na aplicação dos recursos das emendas, que incluem obras, programas universitários e investimentos na saúde, como a redução de filas para cirurgias. “Esses recursos são fundamentais para programas já em andamento e ajudam no ambiente das votações”, afirmou o ministro.
Ainda na terça-feira, Lira confirmou a escolha de relatores para projetos de corte de gastos. A agenda de votações nas próximas semanas será intensificada, incluindo debates sobre a reforma tributária e a Lei Orçamentária.
Atualização sobre a saúde de Lula
Na madrugada de terça-feira, o presidente Lula foi submetido a uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento, realizado para drenar um hematoma intracraniano decorrente de um acidente doméstico, foi bem-sucedido. Segundo os médicos, a hemorragia não causou danos cerebrais.
Na noite anterior, Lula esteve na unidade do hospital em Brasília para exames após sentir dor de cabeça. A ressonância magnética apontou a hemorragia, levando à transferência e à cirurgia. O presidente segue monitorado na UTI, com quadro estável.