Protestos antiaborto

Mulheres queimam boneco de Arthur Lira em protesto

Manifestantes exigem retirada do projeto que equipara aborto a homicídio

Manifestantes em São Paulo protestam contra o PL antiaborto.
Manifestantes em São Paulo protestam contra o PL antiaborto. - Foto: Reprodução

São Paulo – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi alvo de manifestações realizadas por mulheres em diversas cidades do Brasil neste domingo (23) contra o Projeto de Lei antiaborto. O projeto, que equipara o aborto após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, gerou indignação e protestos significativos.

O que você precisa saber:

  • Protestos nacionais: Mulheres se manifestaram contra o PL antiaborto em várias cidades.
  • Críticas a Lira: Aceleração da tramitação do projeto trouxe Lira para o centro das críticas.
  • Incidentes: Boneco de Arthur Lira foi queimado em São Paulo e Belo Horizonte.
  • Posição do presidente: Lira sugere abertura para mais debates e discussões.
  • Pesquisa Datafolha: 66% dos brasileiros não apoiam o projeto de lei.

Protestos e Críticas

Mulheres se reuniram em diversas cidades para protestar contra o Projeto de Lei antiaborto, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio. Em São Paulo e Belo Horizonte, manifestantes queimaram um boneco representando Arthur Lira.

Tramitação Rápida

A urgência para a tramitação do projeto foi aprovada de forma rápida na Câmara dos Deputados. Lira, que teria feito um acordo com a bancada evangélica para acelerar o processo, foi criticado por desrespeitar os direitos das mulheres.

Reações de Lira

Diante das críticas, Arthur Lira afirmou que não há pressa para votar o projeto e sugeriu mais debates e discussões. No entanto, as manifestantes exigem a retirada completa do projeto e a garantia de que seus direitos não serão negociados.

Proposta Polêmica

O projeto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), propõe mudanças que afetariam até os casos em que o aborto é atualmente permitido, como gravidez decorrente de estupro. Hoje, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da mãe e anencefalia do feto.


LEIA TAMBÉM

Opinião Pública

Uma pesquisa do Datafolha revelou que 66% dos brasileiros são contra o projeto que equipara o aborto ao crime de homicídio. Apenas 29% são favoráveis, enquanto 2% são indiferentes e 4% não opinaram. Entre os evangélicos, 52% apoiam a ampliação do acesso ao aborto além das situações previstas em lei.