A escalada da Crise No Rio e em Brasília atinge um patamar alarmante com a revelação de que a Câmara dos Deputados autorizou serviços de roaming internacional para o Deputado Federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), um condenado pelo STF no caso da trama golpista que está foragido em Miami, EUA, permitindo que ele participasse de uma votação crítica de forma remota. Um formulário interno, datado de 18 de novembro de 2025, comprova a logística fornecida pela Casa Legislativa para o voto do bolsonarista, configurando um flagrante acobertamento institucional e uma potencial desobediência a uma ordem judicial de recolhimento.
O acobertamento institucional na Crise No Rio e em Brasília atinge um patamar alarmante: o Deputado Federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), um ferrenho aliado bolsonarista condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da trama golpista, não apenas fugiu para os Estados Unidos mas, de forma estarrecedora, conseguiu registrar seu voto em plenário, remotamente.
A base dessa manobra reside em um documento interno da Câmara dos Deputados, datado de 18 de novembro de 2025, que prova a conivência da estrutura legislativa ao garantir as condições técnicas para o voto do parlamentar foragido.
O formulário, oriundo do Gabinete 401 de Ramagem, revela a contratação de um serviço de roaming internacional com pacote de dados específico para uso nas Américas, o “Passaporte Américas – 40GB”, destinado a ao menos quatro linhas institucionais.
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A Estrutura Logística da Fuga e o Voto Suspeito
A decisão da Câmara em autorizar a troca de chips e a ativação de um serviço de conectividade premium internacional para um parlamentar que já deveria estar recolhido é um ataque direto à autoridade do Poder Judiciário. A análise aponta que a Mesa Diretora da Casa, ao conceder o suporte logístico necessário para que Ramagem exercesse suas funções de Miami, ignorou a gravidade da situação jurídica do deputado, condenado por seu envolvimento na tentativa de subversão do regime democrático. Esta ação não é um mero erro administrativo; ela configura um ato de acobertamento político de um fugitivo da Justiça, garantindo que a base bolsonarista mantivesse seu voto em um momento crucial.
A votação em questão, envolvendo o substitutivo apresentado pelo Deputado Derrite ao polêmico projeto de lei apelidado de “PL das Facções”, já carregava uma alta tensão política. A participação de um parlamentar em situação de ilegalidade flagrante lança uma sombra de ilegitimidade sobre todo o processo. O Deputado Rogério Correia (PT-SP) foi enfático ao denunciar a situação, confirmando a validade do formulário de autorização técnica e acusando a Câmara de desobedecer diretamente uma determinação do STF. Para o parlamentar do PT, a Mesa Diretora não apenas facilitou a permanência de Ramagem no exterior, como garantiu que ele tivesse as ferramentas para votar, um claro descumprimento da ordem judicial que exigia o recolhimento do condenado.
As Implicações Democráticas da Crise No Rio e em Brasília
As ramificações deste episódio vão muito além da validade de uma única votação. A permissão concedida pela Câmara para que um deputado condenado e foragido vote remotamente estabelece um precedente perigosíssimo, minando a separação dos poderes e expondo a leniência do Legislativo com crimes que atentam contra a democracia.
A exigência de anulação da sessão, levantada pelo Deputado Correia, é juridicamente sólida. Se a participação de um parlamentar é obtida por meio de um ato que viola uma determinação judicial de recolhimento, o resultado da votação está irremediavelmente comprometido. A Mesa Diretora tem o dever de prestar contas e demonstrar por que optou por priorizar a conveniência política de um aliado em detrimento do respeito ao Supremo Tribunal Federal e à ordem legal. A conduta reflete uma cultura de impunidade e uma disposição de utilizar a máquina pública para proteger figuras envolvidas em graves retrocessos políticos e tramas golpistas. A sociedade espera uma resposta firme do STF e da própria Câmara para reafirmar o princípio de que ninguém está acima da lei. O silêncio ou a condescendência apenas aprofundam a Crise No Rio e em todo o país, reforçando a percepção de que há duas justiças: uma para o cidadão comum e outra para a elite política.




