O pastor Silas Malafaia visitou nesta quarta-feira (23) o ex-presidente Jair Bolsonaro no Hospital DF Star, onde o político permanece internado na UTI após cirurgia abdominal. Na saída, Malafaia criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por ter determinado a citação judicial de Bolsonaro durante sua recuperação.
A decisão do ministro ocorreu após Bolsonaro realizar uma live, mesmo alegando estar impossibilitado de participar de atos jurídicos. Malafaia questionou a sensibilidade de Moraes e o acusou de agir com falta de empatia.
Críticas de Malafaia a Moraes
Após permanecer cerca de uma hora no hospital, Malafaia falou com jornalistas e expressou indignação com a intimação judicial entregue a Bolsonaro durante sua internação. O pastor afirmou:
“Queria ver se fosse um parente do Alexandre de Moraes internado e recebesse um oficial de Justiça enquanto estivesse no CTI… Eu queria ver o escândalo que esse ministro desgraçado faria! Será que ele mandaria prender o hospital inteiro?”
Ele também questionou a falta de sensibilidade do ministro:
“Como é que um ministro da Suprema Corte do país não tem afeto?”
Estado de saúde de Bolsonaro
O ex-presidente Jair Bolsonaro está internado desde o dia 13 de abril, após ser submetido a uma cirurgia de aproximadamente 12 horas para tratar uma obstrução intestinal. O procedimento visou remover aderências intestinais e reconstruir parte da parede abdominal, complicações decorrentes da facada sofrida em 2018.
Segundo boletim médico, Bolsonaro permanece na UTI, está clinicamente estável e sem previsão de alta. Ele limitou contatos a familiares e equipe médica para evitar estímulos que possam prejudicar sua recuperação.
Atos de apoio e contexto jurídico
No mesmo dia da visita de Malafaia, parlamentares do PL participaram de uma missa liderada pelo Padre Kelmon em frente ao hospital, em apoio a Bolsonaro.
A citação judicial determinada pelo STF ocorreu após Bolsonaro realizar uma live, contrariando alegações de impossibilidade de participar de atos jurídicos. Ele foi recentemente tornado réu por tentativa de golpe de Estado, em investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Bolsonaro é apontado como líder de um núcleo envolvido em uma suposta organização criminosa com objetivos golpistas.