O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, intensificou nesta sexta-feira (19) os ataques ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), destacando que o parlamentar “não é dono de votos próprios” e que o capital político pertence integralmente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A tensão surge após declarações de Valdemar sobre uma eventual candidatura de Eduardo que poderia “ajudar a matar” o próprio pai, gerando uma troca pública de acusações entre os dois políticos. Eduardo reagiu, classificando a fala como “canalhice” e exigindo desculpas públicas.
Eduardo Bolsonaro rebate e exige desculpas
Em nota enviada à colunista Bela Megale, do jornal O Globo, Eduardo afirmou: “Dizer que um filho ajudaria a matar o próprio pai, se ele não aceitar as chantagens que até seus aliados mais próximos estão fazendo com ele, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar”.
O deputado ressaltou ainda que aguarda retratação formal, reforçando a disputa interna na sigla que deve ter impacto nas eleições presidenciais de 2026.
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Em resposta, Valdemar Costa Neto afirmou: “Canalhice é xingar o próprio pai e pensar que tem votos. Os votos são do seu pai, não seus. Mas, se o seu pai te escolher, vai ter o apoio do partido. Diferente de você, respeito muito seu pai”.
O dirigente do PL questionou a capacidade de Eduardo de enfrentar o próprio pai e comentou: “Não acredito que ele brigue com o pai. Vai ajudar a matar o pai de vez?”, evidenciando a disputa de influência interna e o clima de tensão no partido.
Eleições 2026 e possível saída de Eduardo
Eduardo Bolsonaro já sinalizou a aliados que pode deixar o PL caso o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se filie à sigla para disputar a Presidência da República em 2026. A movimentação reforça o racha interno e a disputa por espaço na sucessão presidencial.
Valdemar, por sua vez, reforça a importância da lealdade ao ex-presidente, consolidando sua posição de liderança e de controle sobre a estratégia eleitoral da legenda.
