O vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), conhecido como Cássio Fala Pira, foi preso na manhã desta quinta-feira (9) em Piracicaba (SP), sob suspeita de abusos sexuais contra mulheres.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça após investigação conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade.
O parlamentar foi detido em casa e levado à delegacia para prestar depoimento. Além da prisão, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência, escritório e gabinete na Câmara Municipal.
Foram apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos que passarão por perícia.

Sete mulheres registraram denúncias
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, ao menos sete boletins de ocorrência foram registrados contra o vereador.
Uma das vítimas relatou ter sido abusada dentro do gabinete de Cássio, quando buscava uma vaga de emprego.
Outros depoimentos apontam que o parlamentar usava sua posição política para se aproximar de mulheres em situação de vulnerabilidade.
A DDM continua ouvindo vítimas e testemunhas e investiga se o caso pode envolver crimes em série.
📸 Momento em que a polícia prende o vereador Cássio Fala Pira (PL), na manhã desta quinta (9). Foto: Reprodução/TV Globo
Vereador nega as acusações
Durante sessão da Câmara, na última segunda-feira (6), Cássio negou as acusações e disse ser inocente.
“Desde que prove o contraditório, eu tenho direito à defesa. Eu, com quase 50 anos, vou pegar mulher à força? Será que eu sou tão idiota, tão burro desse jeito?”, afirmou o vereador em plenário.
Ele ainda declarou estar disposto a colaborar com as investigações.
“Se precisar responder, eu respondo. Eu não vou fugir de resposta nenhuma. O que está sendo falado, fora difamação e calúnia, virou o quê? Hoje é comigo, amanhã pode ser com um dos senhores”, disse.
Câmara acompanha o caso
A Câmara Municipal de Piracicaba divulgou nota afirmando que está colaborando com as autoridades e que acompanha o caso por meio da Procuradoria Legislativa.
“A presidência da Câmara Municipal está acompanhando de perto o desenrolar do caso para garantir que todas as medidas administrativas e regimentais cabíveis sejam tomadas”, informou a nota.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) não se manifestou sobre o caso, que segue em sigilo judicial.
A Justiça deve decidir nos próximos dias se o vereador continuará preso ou responderá em liberdade.

			
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
		
                               
                             
		
		
		
		
		
		
		
		