Abin Paralela

Bolsonaro contratou ex-assessor de Claudio Castro para espionar o MPRJ

Carlos Montarroyos foi contratado para obter vantagens políticas

Bolsonaro e Ramagem. Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
Bolsonaro e Ramagem. Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil

Rio de JaneiroCarlos Alberto Viana Montarroyos, ex-assessor do governador Cláudio Castro (PL-RJ), foi convidado por Jair Bolsonaro (PL) em 2019 para integrar seu gabinete como “colaborador”.

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Segundo a Polícia Federal (PF), Montarroyos se ofereceu como informante na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), visando obter vantagens políticas em troca do cargo.

Resumo da Notícia

  • Montarroyos foi assessor de Cláudio Castro antes de integrar o gabinete de Bolsonaro.
  • PF descobriu que Montarroyos se ofereceu como informante na Abin.
  • Bolsonaro contratou Montarroyos visando obter vantagens políticas.
  • Alexandre Ramagem, ex-chefe da PF, não se lembra do episódio.
  • Documentos apreendidos na investigação da Abin Paralela revelaram detalhes.

Contratação como Informante

Carlos Alberto Viana Montarroyos, então assessor do vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi convidado por Jair Bolsonaro para integrar seu gabinete como “colaborador”. Segundo a Polícia Federal, a contratação ocorreu após Montarroyos se oferecer como informante na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Objetivo da Contratação

De acordo com os investigadores, Bolsonaro contratou Montarroyos visando obter vantagens políticas em troca do cargo público. A descoberta foi feita a partir de documentos presentes nos computadores e celulares de Alexandre Ramagem, ex-chefe da PF, apreendidos na investigação da Abin Paralela.

Depoimento de Alexandre Ramagem

Em depoimento à Polícia Federal, Alexandre Ramagem afirmou não se lembrar da contratação de Montarroyos e que não era prática comum pagar por informantes com cargos públicos. Documentos apreendidos mostram que Montarroyos deixou claro, durante sua entrevista, que poderia conseguir mais informações se tivesse um cargo assegurado.

Informações Fornecidas

Entre as informações fornecidas por Montarroyos a Bolsonaro, estava a de que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, assinaria um acordo de delação premiada que envolveria o clã Bolsonaro. No entanto, segundo a PF, ele não apresentou qualquer comprovação.


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Atuação como Informante

A Polícia Federal acredita que Montarroyos atuava principalmente para informar Bolsonaro sobre as movimentações do então governo Wilson Witzel e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Um dos alvos de suas informações era Simone Sibílio, que investigava o assassinato de Marielle Franco.

Trajetória de Montarroyos

De acordo com o Diário Oficial do Rio de Janeiro, Montarroyos ocupou o cargo de Ajudante II do vice-governador Cláudio Castro entre junho de 2019 e março de 2020. Dois dias após ser exonerado, foi nomeado ao gabinete regional da Presidência no RJ, onde permaneceu até 13 de janeiro de 2023, quando foi demitido pelo governo Lula.

Sigilo dos Dados

À época, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi questionado pela Câmara dos Deputados pelo sigilo imposto aos dados dos servidores do gabinete regional da Presidência.

Perguntas e Respostas

Quem é Carlos Alberto Viana Montarroyos?

Ele é um ex-assessor do governador Cláudio Castro e foi contratado por Jair Bolsonaro para atuar como informante na Abin.

Qual foi o objetivo da contratação de Montarroyos?

Bolsonaro contratou Montarroyos para obter vantagens políticas em troca de um cargo público.

O que a PF descobriu na investigação da Abin Paralela?

A PF descobriu que Montarroyos se ofereceu como informante e que fornecia informações sobre o governo Wilson Witzel e o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Quando Montarroyos foi demitido do gabinete regional da Presidência?

Ele foi demitido em 13 de janeiro de 2023 pelo governo Lula.