Rio de Janeiro – O vereador Carlos Bolsonaro (PL) surpreendeu ao aplaudir a vereadora Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco, durante a sessão de posse na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (1º). O gesto ocorreu em meio à cerimônia que marcou o início da nova legislatura.
Em seu discurso, Carlos Bolsonaro destacou o compromisso político e desejou sorte aos colegas. “Não estou aqui para dar nenhuma lição de moral para quem quer que seja. Queria deixar claro que ninguém aqui é inimigo, somos adversários políticos. Completo 24 anos como vereador, desde os 18 anos de idade”, declarou.
Homenagem e gestos na cerimônia
Mônica Benício, ao ser chamada para assinar o livro de posse, foi aplaudida pelo presidente da sessão. Antes, no microfone da Casa Legislativa, ela afirmou: “Marielle presente”, em homenagem à companheira assassinada em 2018. O momento destacou a formalidade e o respeito do evento, que durou cerca de uma hora e envolveu o juramento dos 51 parlamentares eleitos.
Relação tensa entre vereadores
Apesar do gesto durante a cerimônia, Carlos Bolsonaro e Mônica Benício possuem um histórico de conflitos políticos na Câmara. Em 2023, ambos se desentenderam durante a votação de um projeto que homenageava Marielle Franco.
Além disso, no ano passado, a vereadora acionou o Tribunal de Contas do Município (TCM) para investigar denúncias de que Carlos teria utilizado a estrutura da Câmara para um suposto esquema de espionagem com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Carlos Bolsonaro na liderança
Carlos Bolsonaro, vereador mais votado na última eleição municipal, liderou a cerimônia com um discurso marcado pela formalidade. A postura conciliadora, no entanto, contrasta com a convivência marcada por divergências políticas e episódios de tensão na Casa Legislativa.
Entenda a cerimônia na Câmara do Rio
- Quem participou: Carlos Bolsonaro e os 51 vereadores eleitos.
- Duração: Cerca de uma hora.
- Momento marcante: Aplauso de Carlos a Mônica Benício.
- Homenagem: Mônica lembrou Marielle Franco, assassinada em 2018.
- Histórico: Conflitos políticos entre Carlos e Mônica marcaram legislaturas passadas.