- Explosivos encontrados: Dois veículos com explosivos foram localizados em Santa Cruz, próximos a três escolas e uma UPA.
- Esquadrão antibomba: Agentes da Polícia Civil desativaram os artefatos, evitando maiores incidentes.
- Conflito de milícias: Autoridades suspeitam que o ocorrido esteja relacionado à guerra entre facções que atuam na Zona Oeste.
Rio de Janeiro – Dois carros com explosivos foram encontrados pela Polícia Civil na madrugada desta sexta-feira (13) em uma rua próxima à Avenida João XXIII, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
Os veículos estavam estacionados perto de três escolas e de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), elevando o risco para a comunidade. O material seria utilizado em um contra-ataque da milícia após a morte de um líder criminoso na região.
Carros com Explosivos Encontrados em Santa Cruz
Na madrugada de sexta-feira, equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) localizaram dois veículos com explosivos em uma rua de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
Um dos carros continha granadas, enquanto o outro estava carregado com explosivos e gasolina. A área, que inclui três escolas e uma UPA, foi isolada pelo Esquadrão Antibombas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que realizou a remoção segura dos materiais.
Os explosivos encontrados são de uso exclusivo das Forças Armadas, e seu manuseio exige treinamento especializado. A polícia está investigando como esses materiais chegaram às mãos dos criminosos.
Conflito Entre Milicianos
A descoberta dos carros com explosivos está ligada ao recente assassinato de Jacão, líder da milícia na região de Santa Cruz. Ele foi morto na última segunda-feira, dia 7, por um grupo rival comandado por Naval. A polícia suspeita que os explosivos seriam usados em uma retaliação pela quadrilha de Juninho Varão, que tenta expandir seu controle na área.
Juninho Varão, ex-integrante da milícia de Ecko, chefia uma organização paramilitar que atua em Nova Iguaçu e tenta dominar novas áreas em Queimados. A morte de Jacão abriu espaço para uma disputa de poder na Zona Oeste, e o grupo de Varão estaria aproveitando para consolidar seu domínio na região.
Quem é Juninho Varão?
Juninho Varão, cujo nome verdadeiro é Gilson Ingrácio de Souza Junior, é um ex-integrante da milícia liderada por Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko.
Após a morte de Ecko em 2021, Varão assumiu parte das operações da milícia em Nova Iguaçu e Queimados, na Baixada Fluminense.
Ele é considerado um dos principais líderes paramilitares em atividade no Rio de Janeiro e está foragido, com mandado de prisão expedido.
Naval e a Disputa pelo Controle da Milícia
Após a prisão de Zinho, antigo líder da milícia, Naval, de 31 anos, assumiu o controle do grupo criminoso.
Ex-fuzileiro naval, ele é conhecido por sua habilidade no manuseio de armas e por liderar operações violentas, incluindo a execução do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, fundador da milícia Liga da Justiça. Naval está no comando do grupo conhecido como Bonde do Zinho, que controla parte da Zona Oeste do Rio.
Perguntas Frequentes sobre o Conflito da Milícia em Santa Cruz
O que aconteceu em Santa Cruz?
A Polícia Civil encontrou dois carros carregados com explosivos em uma rua de Santa Cruz, perto de escolas e uma UPA. Os explosivos seriam usados em um contra-ataque da milícia.
Quem é Juninho Varão?
Juninho Varão é um miliciano que lidera operações criminosas na Baixada Fluminense. Ele assumiu o controle de parte da milícia após a morte de Ecko.
Qual a relação entre Naval e o conflito?
Naval é o atual líder do maior grupo miliciano do Rio de Janeiro. Ele está envolvido na disputa pelo controle da milícia em Santa Cruz e é responsável por várias ações violentas na região.
Com informações de O Globo.