Brasília – O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) negou, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), qualquer envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. Acusado de ser um dos mandantes do crime, junto com seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Chiquinho refutou as alegações e disse que nunca teve contato com o ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter executado o homicídio.
Durante a sessão realizada por videoconferência, o deputado emocionou-se ao falar sobre sua família e sua relação com a vereadora. “Marielle tinha um futuro brilhante. Era uma vereadora muito amável”, afirmou Chiquinho, lamentando a perda e classificando o crime como uma “maldade”. No entanto, ele também mencionou que tiveram uma “discordância momentânea” sobre um projeto de lei de regularização de imóveis, que a Polícia Federal considera um possível motivo para o crime.
Julgamento no STF
A ação penal contra os irmãos Brazão e outros acusados, como o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, e o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, continua em andamento no STF, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. As sessões de interrogatório, que começaram na última segunda-feira (21), fazem parte da fase de instrução penal e estão sendo realizadas até o final da semana. Os réus respondem pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.
Perguntas Frequentes sobre o caso
Quem é acusado pela morte de Marielle Franco?
Os principais réus são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, além do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou ter cometido o crime, e outros envolvidos como Rivaldo Barbosa.
O que Chiquinho Brazão disse em seu depoimento?
Chiquinho negou ter qualquer envolvimento no crime e afirmou que nunca conheceu Ronnie Lessa. Ele também lamentou a morte de Marielle, elogiando seu trabalho como vereadora.
Qual o andamento do julgamento?
O processo ainda está na fase de interrogatórios no STF, que devem ser concluídos esta semana. Após isso, as partes terão cinco dias para pedir novas diligências ou seguir para as alegações finais.