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Com fracasso do estado na segurança, traficantes impõem regras rígidas no Rio de Janeiro

Rio de Janeiro – A morte de Francisco de Assis Ricardo de Almeida, de 40 anos, evidenciou o impacto das normas impostas por criminosos em comunidades do Rio de Janeiro.

O auxiliar de serviços gerais foi assassinado no último dia 5 no Catiri, Zona Oeste, por usar uma camisa preta, considerada sinal de associação a milicianos pelos traficantes locais.

Francisco estava a caminho de um retiro evangélico com outros participantes, todos vestidos de preto. Durante o trajeto, o grupo foi atacado por criminosos, que abriram fogo contra eles. O episódio gerou indignação nas redes sociais.

Comentários de moradores expressaram surpresa e revolta, denunciando as restrições absurdas que governam essas regiões.

Francisco de Assis Ricardo de Almeida: ele foi assassinado por traficantes da Vila Kennedy por estar vestindo uma camisa preta — Foto: Reprodução
Francisco de Assis Ricardo de Almeida: ele foi assassinado por traficantes da Vila Kennedy por estar vestindo uma camisa preta — Foto: Reprodução

A violência das regras não escritas

Grupos criminosos, como traficantes e milicianos, impõem normas que afetam o cotidiano das comunidades. Gestos, cores de roupas e até práticas religiosas são controlados.

Em muitos casos, as vítimas desconhecem essas regras, como relatou uma internauta: “Eu nem sabia disso de cor de roupa, assim como ele também não deveria saber.”

Além disso, episódios semelhantes mostram como essas imposições são levadas ao extremo. No início deste mês, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou traficantes na comunidade da Serrinha, Zona Norte, punindo mulheres ao raspar seus cabelos. A acusação? Participação em um “grupo da fofoca.”


Intolerância religiosa e exploração financeira

No Complexo de Israel, também na Zona Norte, um traficante conhecido como Peixão adotou medidas ainda mais drásticas. Ele proibiu celebrações em igrejas católicas e restringiu rituais de religiões de matriz africana. Muros de comunidades controladas por ele exibem mensagens religiosas e símbolos bíblicos, como “Jesus é o dono desse lugar.”

Além das regras de comportamento, os criminosos exploram os moradores economicamente. Serviços clandestinos de internet e TV, comércio de gás e extorsões fazem parte dessa realidade.


Entenda o controle dos traficantes no Rio

  • Regras de vestimenta: cores como preto podem ser associadas a milicianos.
  • Gestos e sinais: interpretações erradas levam a punições severas.
  • Intolerância religiosa: proibição de celebrações religiosas em algumas comunidades.
  • Exploração financeira: venda ilegal de serviços e extorsões são práticas comuns.
  • Controle social extremo: punições públicas, como no caso das mulheres na Serrinha.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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