quarta-feira, setembro 24, 2025
22 C
Rio de Janeiro
InícioRio de JaneiroComlurb recolhe toneladas de peixes mortos na zona oeste do Rio

Comlurb recolhe toneladas de peixes mortos na zona oeste do Rio

                                                           A Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) recolheu ontem (24) 1,5 tonelada de peixes nas lagoas e nas praias dos Amores e da Barra, perto do Quebra-Mar. O número indica acentuada mortandade de peixes e crustáceos nas lagoas de Jacarepaguá, Camorim e Tijuca, na zona oeste do Rio.

Segundo o biólogo e ambientalista Mário Moscatelli, que desenvolve projetos na região, o fenômeno acontece por causa do lançamento contínuo de esgoto, pouca variação de maré e pelo calor intenso.
O biólogo, no entanto, estimou em seis toneladas a quantidade retirada da região. Hoje (25), segundo Moscatelli, não houve limpeza nas lagoas. “Hoje eu não vi ninguém, porque a Comlurb age mais no final da Lagoa da Tijuca e na Praia da Barra. Hoje de manhã estive na Praia da Barra e não tinha mais peixe [morto]”, observou.
De acordo com Moscatelli, só depois do fim de semana é que a situação pode mudar. “O que pode melhorar essa situação é a mudança da Lua, porque escoa a água podre e renova minimamente com água oceânica e o tempo não fica esse calor todo, porque vai entrar uma frente lá para sábado ou domingo. Até lá, os próximos dois dias são de continuidade do extermínio que está acontecendo aqui no sistema lagunar”, informou enquanto visitava a região com alunos.
Em resposta à Agência Brasil, a Comlurb informou que a retirada dos peixes da Praia da Barra ocorreu na manhã de ontem e não houve outra operação.
O biólogo informou que a junção da maré quadratura, que é quando não sobe e nem desce o nível da água, o calor intenso e a quantidade de esgotos, resulta na liberação dos gases sulfídrico e metano e provoca o sufocamento dos peixes e crustáceos. “A situação hoje é dramática. Tudo que precisa de oxigênio dentro da coluna d’água está sufocando”, alertou.
Ele acrescentou também que nesse período de quadratura a mudança da água é baixa, e por isso a parte que estava podre não foi renovada. “Você vê siri, peixe, camarão – todo mundo tentando respirar fora d’água”, completou.
Para Moscatelli, o problema – que é antigo na região – é fruto de “duas chagas”: o crescimento urbano desordenado e a falta de saneamento universalizado. “Temos comunidades à beira da Lagoa da Tijuca como a de Rio das Pedras, que tem 70 mil pessoas. Imagina o volume de esgoto que só essa comunidade gera, incluindo o resto da Baixada de Jacarepaguá”, afirmou.

Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Enel encontra 198 furtos de energia em Niterói

O projeto Energia Legal, realizado pela Enel Distribuição Rio na última semana em Niterói, na Região Metropolitana, identificou 198 unidades com irregularidades na medição de energia. Do total das inspeções, 180 ocorreram...

Eduardo Paes regulamenta Sistema de Segurança inspirado em modelo de Nova York

Estrutura ficará no gabinete do prefeito, integrará Seop, Guarda Municipal e Civitas, e terá gestão baseada em dados e indicadores

Novo Mercado São José é inaugurado em Laranjeiras

Após sete anos fechado, espaço cultural e gastronômico retorna como polo de economia local no Rio

Frente fria chega ao Rio de Janeiro nesta segunda

O Rio de Janeiro terá mudanças bruscas no tempo a partir de segunda (22/09)

Silas Malafaia mente sobre os atos contra a anistia e é escrachado nas redes sociais

Pastor ataca USP e gera onda de críticas nas redes sociais

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias