Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2025 – O Levante Popular da Juventude promoveu um protesto em frente ao condomínio do governador Cláudio Castro (PL) na Barra da Tijuca, cobrando responsabilização pela escalada da violência policial contra jovens no estado. A mobilização, com o lema “Juventude Negra Quer Viver”, marcou o Dia Internacional da Juventude e reivindicou medidas concretas para proteção da população negra e periférica.
Crescimento alarmante da violência policial no Rio
Dados oficiais do Ministério da Justiça e Segurança Pública indicam que as mortes por intervenção policial no Rio cresceram 34,4% nos primeiros quatro meses de 2025, saltando de 212 para 285 óbitos em comparação com 2024. As mortes violentas também subiram 6%, passando de 1.181 para 1.254 casos no mesmo período.
Essa escalada evidencia uma política pública que, segundo os manifestantes, atua como projeto sistemático de extermínio contra a juventude negra e periférica da cidade.
Memórias e demandas do Levante Popular
Larissa Vulcão, militante do Levante, denuncia a política de segurança vigente como negadora do direito à vida dos jovens: “Essa política é parte de um projeto de extermínio que nos arranca sonhos”. O grupo evocou a memória do jovem Herus Guimarães, de 24 anos, morto durante operação do Bope em Santo Amaro, enquanto participava de festa junina comunitária.
“O modus operandi da polícia precisa ser transformado. Cláudio Castro, tem sangue em suas mãos”, concluiu Vulcão, exigindo justiça e responsabilização dos agentes envolvidos nas mortes.
Escracho como instrumento de denúncia
Este protesto é parte de uma série de ações do Levante Popular da Juventude, que já realizou escrachos contra figuras ligadas a crimes de Estado, como o ex-general Antônio Belham, associado à repressão da ditadura militar.
A mobilização em frente à residência do governador reforça a pressão por mudanças estruturais na segurança pública e pela valorização da vida da juventude negra no Rio.
Repercussão e resposta do governo
Até o fechamento da reportagem, a Secretaria de Estado de Polícia Civil e a assessoria do governador Cláudio Castro não haviam se manifestado oficialmente sobre as denúncias e o protesto. O Diário Carioca seguirá acompanhando o desenrolar da situação para atualização do texto.
Impacto da violência policial no contexto social
O aumento da letalidade policial agrava a crise de direitos humanos no Rio, intensificando a sensação de insegurança e exclusão entre jovens das periferias. A impunidade e a ausência de políticas efetivas de proteção reforçam o ciclo de violência que afeta famílias e comunidades inteiras.
Perguntas fundamentais sobre a violência e as políticas públicas
Quais são os números atuais da violência policial no RJ?
Mortes por intervenção policial cresceram 34,4% nos primeiros quatro meses de 2025, com 285 vítimas registradas.
Como o Levante Popular da Juventude reage a esse cenário?
Com protestos públicos, denúncias e escrachos, exigindo responsabilização e políticas que garantam o direito à vida.
Qual o papel do governador Cláudio Castro nas políticas de segurança?
Ele é cobrado diretamente pelos movimentos sociais pela escalada da violência e ausência de respostas efetivas.
Por que a juventude negra é alvo prioritário da violência?
Fatores estruturais e raciais fazem com que jovens negros sejam vítimas desproporcionais das ações policiais violentas.
Há iniciativas oficiais para reverter o quadro?
Até o momento, não houve posicionamento público claro sobre medidas para conter o aumento das mortes por intervenção policial.